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Opinião

- Publicada em 11 de Outubro de 2018 às 01:00

Epidemia de notícias falsas prejudica a sociedade

As eleições foram o motivo para uma epidemia de notícias falsas usando as já mais do que populares redes sociais. Mesmo com a reclamação inclusive de candidatos à presidência da República, será muito difícil o rastreamento, a identificação e, mais difícil ainda, a punição dos autores. Montagens são feitas e distribuídas.
As eleições foram o motivo para uma epidemia de notícias falsas usando as já mais do que populares redes sociais. Mesmo com a reclamação inclusive de candidatos à presidência da República, será muito difícil o rastreamento, a identificação e, mais difícil ainda, a punição dos autores. Montagens são feitas e distribuídas.
Só depois que se espalham aos milhares no Brasil é que jornais, revistas e sites identificam se elas são falsas ou verdadeiras. Aí, porém, o estrago está feito, se forem mentirosas. Se verdadeiras, geralmente estarão em linha com o que a mídia, hoje com boa ou maior credibilidade em meio a tantas inverdades, já publicou ou está publicando.
No entanto, proibir o que deve ou não ser divulgado não deixa de ser uma censura prévia ou posterior, segundo analistas políticos. Igualmente, a falta de uma definição por parte do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a estratégia a ser adotada para prevenir a disseminação de notícias falsas e a ausência de uma tipificação penal para enquadrar a proliferação delas abriu caminho para um grande número de fake news distribuídas no primeiro turno das eleições, segundo investigadores e conselheiros do TSE.
É bastante evidente que a polarização entre Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) criou um ambiente mais do que favorável para o aumento das fake news no segundo turno. Mesmo que a Polícia Federal tenha começado a atuar no combate, nenhum sistema de segurança do mundo consegue impedir a proliferação.
No domingo, enquanto milhões de eleitores brasileiros votavam, uma série de notícias falsas eram distribuídas em redes sociais e aplicativos de mensagens sobre fraudes nas urnas, pessoas votando com armas e ataques a adversários políticos.
Para alguns analistas, um aspecto surpreendente na dinâmica de transmissão das fake news é o misto de credulidade e desprendimento que leva as pessoas a compartilharem informações forjadas sem nenhuma preocupação em checar as fontes. Em parte, isso se deve a uma teoria da conspiração latente no inconsciente coletivo.
Quando estamos nos preparando para um segundo turno para presidente da República e governador do Estado, é bom que os aficionados das redes sociais analisem o que recebem e, em princípio, não repassem tudo aquilo que não tiverem certeza da sua veracidade. Claro, isso não impedirá que notícias mentirosas sejam colocadas na internet. Mas, pelo menos, não terão campo livre para falsidades, algumas das quais beiram a estupidez com injúrias, calúnias e difamações, que, aliás, são capituladas como crimes.
Quando for reiniciado o horário eleitoral gratuito do segundo turno, que as pessoas evitem discussões, acusações e propagação de tudo o que recebem sem uma visão crítica. A disputa pela vitória torna muitas pessoas agressivas e que não poupam dizer o que bem entendem. Daí vêm desavenças, brigas familiares e entre amigos e mesmo no local de trabalho. O voto é obrigatório e ato personalíssimo. Só a pessoa sabe em quem votou após apertar a tecla confirmando a sua escolha. Então, por qual motivo brigar?
Que os brasileiros desconfiem de afirmações, frases e vídeos condenando um ou outro candidato. A rigor, estas mensagens atacando, ofendendo ou mostrando cenas, afirmações e planos grotescos sobre um ou outro candidato deveriam até mesmo ser ignoradas de pleno. Então, que cada eleitor faça a sua escolha acima e à parte das notícias falsas.
 
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