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Opinião

- Publicada em 14 de Agosto de 2018 às 01:00

Precisamos mudar nossa matriz tributária

A voracidade tributária no Brasil é assustadora. O Estado toma para si cinco meses do trabalho de todos os cidadãos para remediar sua eterna coma na UTI. O brasileiro trabalhou 153 dias para custear tributos neste ano; e, até o dia 31 de dezembro, o Impostômetro deverá chegar à marca inédita de R$ 2,17 trilhões. Em 1986, um ano após a redemocratização, os tributos federais consumiram 16,7% do PIB. Hoje, trata-se de uma das maiores cargas tributárias do mundo, equivalente a 33% do PIB. A fome do Estado aumentou abruptamente no transcorrer desses 32 anos, e somam hoje mais de 90 tipos de tributos. Essa estrutura tributária brasileira é tão confusa que dificilmente sabemos com precisão quanto se paga de imposto em cada produto. Não é novidade o fato de pagarmos impostos demais por serviços de menos, são impostos de ricos para serviços pobres.
A voracidade tributária no Brasil é assustadora. O Estado toma para si cinco meses do trabalho de todos os cidadãos para remediar sua eterna coma na UTI. O brasileiro trabalhou 153 dias para custear tributos neste ano; e, até o dia 31 de dezembro, o Impostômetro deverá chegar à marca inédita de R$ 2,17 trilhões. Em 1986, um ano após a redemocratização, os tributos federais consumiram 16,7% do PIB. Hoje, trata-se de uma das maiores cargas tributárias do mundo, equivalente a 33% do PIB. A fome do Estado aumentou abruptamente no transcorrer desses 32 anos, e somam hoje mais de 90 tipos de tributos. Essa estrutura tributária brasileira é tão confusa que dificilmente sabemos com precisão quanto se paga de imposto em cada produto. Não é novidade o fato de pagarmos impostos demais por serviços de menos, são impostos de ricos para serviços pobres.
Outra mazela do atual sistema, e que não podemos deixar de enfatizar, é que quem ganha menos paga proporcionalmente mais aos cofres públicos. Existe um profundo desconhecimento da população sobre o quanto é tributado no consumo de bens de serviços - 47% da arrecadação total do governo provém daí. A parcela mais pobre da população gasta 32% de tudo o que recebe em tributos, enquanto os mais abastados destinam apenas 21% de sua renda, devido à forma errática da tributação.
Quanto mais pobre é a população, maior é a fatia da renda que ela compromete com o consumo. Ao comprar uma camiseta de futebol no valor de R$ 250,00, um brasileiro que recebe um salário-mínimo pagará algo em torno de R$ 83,95 - 8,8% da sua renda mensal - em tributos embutidos no valor do produto. Alguém que recebe R$ 7 mil paga os mesmos R$ 83,95 em tributos, contudo isso representa apenas 1,2% dos seus ganhos. Precisamos remodelar a matriz tributária. A última grande reforma tributária ocorreu em 1965, durante a ditadura militar, quando surgiu o ICMS. Os R$ 966 bilhões que já pagamos de tributos até maio de 2018, conforme aponta o Impostômetro, embasam o lado voraz e injusto do sistema.
Estudante de Administração
 
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