O Brasil viveu duas expectativas, uma na área futebolística, se iria ou não para as quartas de finais, a outra, na área política. Aliás, nesta temos várias expectativas, mas alardeou-se que, por fim, Antonio Palocci, o "Italiano", resolveu entregar os companheiros e aqueles que se beneficiaram das facilidades oferecidas pela Projeto, sua consultoria.
No caso do "Italiano", tudo indica que sua delação será mais para inglês ver do que mesmo para elucidar aquilo que todos já sabem, sua delação não poderá basear-se na sua cegueira deliberada originalmente advinda daquela ilha, os ingleses não aceitavam que o réu furtasse objetos do estado e depois alegasse que não sabia sua procedência, aqui por óbvio que o Palocci sabia. Aliás, existe um bookmaker onde a aposta na sua delação é se ele entregará os bancos, as fabricantes de veículos, ou o Lula! Nesta encruzilhada que vive o Brasil, começando pelo futebol onde tudo é dividido, a política, a religião, a sexualidade, tudo virou notícia, e como diria o filósofo, em "época de rede social, a imbecilidade ganhou megafone", esperamos ansiosos que o "deus" curitibano, ou deuses, pois parece que para lá se mudaram todos e de todas as matizes, saiba combater essa moderna criminalidade mantendo as garantias gerais do cidadão que a custo de vidas galgou sua Constituição, embora muitos sequer saibam o que vem a ser garantias fundamentais, mas com certeza é erga omnes. Que saiamos mais fortalecidos com esta tempestade de lava mãos e com segurança jurídica o bastante para enfrentar qualquer estado policialesco ou ditatorial.
Criminalista