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Opinião

- Publicada em 26 de Junho de 2018 às 01:00

Obras da Copa de 2014 e os novos prazos de conclusão

Se há uma virtude que nós, brasileiros, de maneira geral, não temos é a do planejamento em termos de serviços públicos. Pelo menos, não como deveríamos ter. No caso de obras, então, isso é provado, em boa parte delas.
Se há uma virtude que nós, brasileiros, de maneira geral, não temos é a do planejamento em termos de serviços públicos. Pelo menos, não como deveríamos ter. No caso de obras, então, isso é provado, em boa parte delas.
Obras, geralmente, têm início com muita pompa, discursos e fortes promessas de prazos definidos para conclusão. Mas decorre o tempo, e a pompa, os discursos empolados e, menos ainda, os prazos são obedecidos.
A desculpa quase padrão é a falta de verbas, mesmo que não se consiga entender como se lança um projeto em um ano e não se preveja, nos anos subsequentes e até a entrega, as verbas orçamentárias ano após ano, como seria - e ainda é e sempre será - mais do que elementar.
Tudo isso para se lembrar que recém agora estão sendo reiniciadas, com vistas ao seu término, as obras previstas para a Copa de 2014 que teve uma das sedes em Porto Alegre.
Também elas, na ocasião, tiveram muitos destaques, anúncios, valores e a utilidade que trariam à cidade, principalmente ao nosso atabalhoado trânsito, que só piora na razão direta do aumento de veículos e na razão inversa da organização, ou seja, da falta de planejamento.
Pressionado demais - até mesmo sem muita razão, eis que ele pegou tudo andando, mais precisamente, obras paralisadas pelos mais diversos motivos, o principal deles, a falta de verbas em meio à crise socioeconômica que assolou o País a partir de 2015 -, o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) redirecionou recursos obtidos junto a organismos oficiais e, assim, está reiniciando ou completando as obras iniciadas ainda antes de 2014, como referido.
Desde antes de 2014 teve muita gente que não queria a Copa aqui. Pois passados mais do que quatro anos, temos muitos atrasos nas obras previstas justamente para a Copa de 2014, quando, ironicamente, está em andamento o certame mundial na Federação Russa.
O medo de falcatruas, denunciadas sistematicamente pela mídia - com toda certeza -, ajudou em que medidas burocráticas em excesso fossem tomadas. Mas deveríamos ter começado todas as obras antes. Bem antes, pois isso tudo era previsível.
Nós, brasileiros, temos muitas virtudes. No entanto, a disciplina e a organização não estão entre os nossos principais predicados. Não mesmo. O caderno de encargos da Fifa de 2014 tinha tantas exigências que dava a impressão de que o que menos interessava era o ludopédio, o futebol no campo, 22 atletas correndo atrás de uma bola e tentando fazer mais gols que o adversário.
O futebol tornou-se o principal esporte em quase todos os países, com raras exceções. Fomos cinco vezes campeões da competição e estamos em busca do sexto e inédito título. Mas, se a Alemanha vencer esta Copa do Mundo, se igualará ao Brasil.
Agora, não interessa mais reclamar, e faz bem o prefeito em tocar as obras incompletas, ou nas quais faltam apenas arremates para serem entregues. Isso é o que interessa à cidade. E que todos os percalços pelos quais Porto Alegre está passando por conta das obras da Copa de 2014 ainda por serem terminadas sirvam como exemplo do que não se deve fazer.
E que, no futuro, tudo seja bem planejado, especialmente quanto ao respaldo financeiro para evitar esta quase ridícula situação, acabar em 2018 obras de 2014. Isso se não ficarem conclusas em 2019 ou talvez 2020.
 
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