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Opinião

- Publicada em 13 de Junho de 2018 às 01:00

Um encontro para aliviar tensões entre as Coreias

Foi um encontro a portas fechadas de 40 minutos, com dois tradutores. Porém, espera-se que esse lapso de tempo tenha minimizado um conflito - há décadas apenas verbal e com ameaças recíprocas, oficialmente ideológico, a Guerra da Coreia, ocorrida entre 1950 e 1953.
Foi um encontro a portas fechadas de 40 minutos, com dois tradutores. Porém, espera-se que esse lapso de tempo tenha minimizado um conflito - há décadas apenas verbal e com ameaças recíprocas, oficialmente ideológico, a Guerra da Coreia, ocorrida entre 1950 e 1953.
Desde então, com altos e baixos, o mundo assistiu ao que foi chamado de Guerra Fria. Animosidades, conflitos pontuais, mas sempre pairando uma ameaça de guerra nuclear devastadora entre o comunismo e o capitalismo, ou seja, entre a URSS e os EUA. Felizmente, a guerra nunca ocorreu.
Pois agora, na reunião de Singapura, o presidente dos EUA, Donald Trump, estava mais cordato. Justo ele que aconselhava auxiliares de anteriores presidentes norte-americanos a chegarem atrasados em encontros de cúpula e, logo, apontarem o dedo para o peito do interlocutor, para levar vantagem nos debates. Mas, isso ficou de lado.
Quanto a Kim Jong-um, líder da Coreia do Norte, considerado mais agressivo, especialmente com seus opositores internos, comportou-se também de maneira protocolar. Acredita-se que Kim Jong-un tenha 34 anos, assim, é um dos mais jovens chefes de Estado do mundo. Desde que assumiu o poder em 2011 com a morte de seu pai, o jovem Kim mostrou uma mistura de crueldade, pragmatismo e política para obter este prêmio - sentar-se à mesa com o líder dos Estados Unidos e ser tratado como igual.
Os auxiliares de ambos os lados haviam acertado, antes, os acordos possíveis. Com o passar do tempo, serão implementados. O principal deles, a completa destruição dos armamentos nucleares norte-coreanos e, em troca, o desbloqueio das sanções econômicas e comercias impostas pela Casa Branca desde que Trump assumiu, no início de 2017. Mas isso levará um bom tempo.
A Coreia do Sul progrediu muito com o modelo capitalista de livre mercado. A Coreia do Norte teve avanços, mas não se compara aos seus irmãos do Sul. O Brasil é um dos poucos países que tem relações com ambas as Coreias. Mas, as trocas comerciais brasileiras com a Coreia do Sul são bem maiores do que aquelas com a Coreia do Norte.
Houve sim um encontro histórico em Singapura que pode abrir caminho para uma sonhada reunificação entre as duas Coreias. Nada para agora, nem facilmente, mas sempre uma possibilidade acalentada.
Trump e Kim Jong-Un concordaram em trabalhar para a desnuclearização da península coreana. Com isso, Trump deu garantias de segurança a sua até então inimiga, a República Popular Democrática da Coreia (RPDC), enquanto o presidente Kim Jong-Un reafirmou seu inabalável compromisso com a desnuclearização da península coreana.
Ora, nada melhor poderia ser esperado, após 65 anos de animosidade. O jovem e enigmático presidente norte-coreano afirmou também que ambos os presidentes decidiram deixar o passado para trás, e que o mundo verá uma mudança histórica. Trump disse que convidará Kim para uma visita à Casa Branca. E mantendo a sua já quase folclórica tradição, fez questão de dar vários e longos apertos de mãos em Kim.
Enfim, o encontro transcorreu da melhor maneira possível, contrariando augúrios pessimistas pelos rompantes de Trump. Agora, espera-se que as promessas cheguem à realidade do mundo conturbado em que vivemos e que os dois presidentes deixem para trás as suas retóricas agressivas e mesmo ameaças belicistas.
Se há algo de que o mundo atual e globalizado não precisa é de uma guerra. Paz, progresso, inclusão social, diálogos e muita fraternidade são os anseios mundiais. É tudo o que se deseja.
 
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