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Opinião

- Publicada em 11 de Junho de 2018 às 23:50

Um País sem estratégia está à deriva

Estamos assistindo a um espetáculo, no mínimo, deprimente. E não é apenas a este episódio da paralisação dos caminhoneiros a que me refiro. Este é apenas um pequeno resultado da falta de uma estratégia de longo prazo para o Brasil. A definição de uma estratégia é a base de sustentação das políticas de desenvolvimento de um país. Veja-se o exemplo de países, como Coreia, Japão, Taiwan.
Estamos assistindo a um espetáculo, no mínimo, deprimente. E não é apenas a este episódio da paralisação dos caminhoneiros a que me refiro. Este é apenas um pequeno resultado da falta de uma estratégia de longo prazo para o Brasil. A definição de uma estratégia é a base de sustentação das políticas de desenvolvimento de um país. Veja-se o exemplo de países, como Coreia, Japão, Taiwan.
No Brasil não pensamos no longo prazo. Talvez o nosso dispositivo mental esteja ainda muito associado aos períodos inflacionários, onde a corrida aos bancos para aplicar no "overnight" era um estresse diário. Os preços aumentavam diariamente e um dos funcionários que mais trabalhavam eram os remarcadores de preços nos supermercados.
Pensávamos ter superado essa fase. Mas vem agora um novo presidente da Petrobras voltar aos anos 1980, aumentando o preço dos combustíveis quase que diariamente sob o esdrúxulo argumento de que o preço internacional do petróleo varia e que o dólar varia etc. Ao que me consta, isso sempre aconteceu, por que agora a Petrobras resolve praticar esses preços? Energia é um elemento chave no desenvolvimento econômico. Que empresa consegue planejar e estabelecer seus custos, tendo variações diárias de preços nos seus insumos?
Um caminhoneiro contrata um frete hoje para entregar daqui a duas semanas. Quando entregou o produto, e vai abastecer novamente, o combustível aumentou três vezes no período. É possível isso? Os caminhoneiros estão cobertos de razão. Não pode, num País que quer ser sério, a política de uma empresa se sobrepor aos interesses da nação.
Mas esse é o reflexo de um País sem estratégia, e de um governo que ainda busca a sua legitimidade, mas que não consegue lidar com as demandas essenciais da população, e que não consegue fazer a interlocução com a sociedade porque simplesmente não a conhece. Estamos num Titanic à deriva, sem timoneiro e sem rumo.
Professor na Unisinos
 
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