A marca agora é minha!

Samir Salimen

Estava eu na recepção do laboratório Weinmann outro dia quando uma criança veio ao meu encontro com um cartão de crédito sorrindo e dizendo: "iaú, iaú...". E, logo atrás dela, sua mãe, que rapidamente a abraçou e disse-lhe: "É Itaú meu filho...Itaú, Itaú, Itaú". Perguntei para a mãe qual era a idade do garotinho e ela, orgulhosa, afirmou: "tem 1 ano e 10 meses". Em seguida, ela colocou-o no colo do pai, que mostrou um desenho no seu celular. Não satisfeito, o garoto arrancou o aparelho da mão do pai, acalmando-se após, e ficou assistindo o desenho na telinha. Toda essa cena ocorreu em menos de um minuto e que poderia ser, tranquilamente, um roteiro de um comercial de TV. Pura emoção. Pois hoje, desde sempre, a emoção deve ser premissa básica nos conceitos de branding e comunicação. As mudanças drásticas e velozes, com o avanço da tecnologia, possibilitou às pessoas serem proprietárias das marcas. Com o advento do código do consumidor em 1991, a propaganda brasileira iniciou o seu processo de mudança gradual no ato de anunciar e na sua forma de se comunicar. Em tal sentido, ampliaram-se as técnicas de exposição das marcas, com a chegada da internet fazendo um contraponto com a mídia off, em um verdadeiro processo inimaginável, até então, da multimídia e as multiplicidades de canais. A propaganda se tornou uma ferramenta indispensável, mais do que nunca, para a aplicação do branding na construção das marcas e de seus produtos. Uma linguagem responsável, com credibilidade no seu conteúdo, sem abrir mão da emoção, da criatividade e da geração de ideias aderentes às estratégias mercadológicas das empresas e de seus propósitos de marca. E uma ligação direta da marca com uma linguagem adequada a cada meio, com a mudança real no comportamento dos públicos de interesse e seus hábitos de consumo de mídia. E a emoção sempre acompanhou ao longo das décadas a propaganda, sendo o principal ativo na decodificação das mensagens e seus conteúdos gerados a partir de uma proposta de valor que trabalhe a verdade das empresas e de seus produtos. Com a mudança nos hábitos dos consumidores cada vez mais veloz, torna-se imperativo que o propósito das empresas apresentem, no seu branding, a sua verdade, na busca da diferenciação e com muita emoção. E o novo conceito de interatividade estabeleceu um novo pensar na comunicação de cada produto, avaliando-a e projetando-a para os novos embaixadores das marcas que chegam ao mercado. Os hábitos dos consumidores definitivamente evoluíram por meio de novas gerações, com seu consumo responsável, consciente, estabelecendo um novo ciclo na conquista desses novos consumidores, suarelação direta com os hábitos de consumo de mídia, o verdadeiro desafio ao qual nos responsabilizamos e nos motivamos para, juntos com os nossos clientes, realizarmos os resultados desejados por todos.Assim como o garotinho de 1 ano e 10 meses de idade de uma família já proprietária da marca Itaú, que, com muita emoção, será, sem dúvida, seu futuro embaixador.