Protagonista ou espectador?

Telmo Costa

Quem deseja se destacar no mercado precisa de ideias inovadoras, atitude empreendedora e diferenciação, independente do segmento onde atua.

Nos últimos 150 anos, a humanidade assistiu a transformações que mudaram totalmente a visão sobre as coisas e o mundo. Em um curto período na história, pessoas diferenciadas nos apresentaram invenções que impulsionaram o desenvolvimento nas mais diversas áreas. Seja na revolução tecnológica, no avanço a passos largos da medicina ou simplesmente em um novo e ousado olhar sobre algo já existente, essas pessoas deixaram um legado imensurável.

Esses são os empreendedores. E as características que os diferem dos demais são a motivação, a singularidade, a paixão pelo que fazem, o pensar diferente, o permitir-se sair da caixa, ser visionário. Eles questionam, buscam a mudança, arriscam e ajudam a girar a engrenagem, mostrando que sempre há possibilidades de criar ou reinventar. Mas para tirar da cartola uma ideia realmente original ou incrível, é preciso conhecimento ? a matéria-prima da criatividade. Embora o conhecimento por si só não seja suficiente para determinar quem é ou não criativo. É preciso saber trabalhar e tirar proveito do conhecimento.

Por isso, na atualidade, muitas empresas estão investindo no potencial criativo do seu capital humano. Quem deseja se destacar no mercado, precisa de ideias inovadoras, atitude e diferenciação, independente do segmento onde atua. Mas apenas uma ideia inovadora não garante o sucesso de seu negócio. Antes, ela precisa ser financeiramente viável.

E como se consegue isso? Um dos caminhos é o planejamento, a partir de uma boa estratégia e da participação de especialistas interessados em fazer essa ideia dar certo.

Por suas raízes empreendedoras, o Rio Grande do Sul sempre esteve à frente do processo de desenvolvimento do País. Mas é preciso ampliar esse universo, formando novos empreendedores, pois a criatividade não é exclusividade de quem nasceu com esse dom. O novo conceito de formar criativos vem sendo explorado há algum tempo no exterior. Aqui, no Brasil, algumas universidades já começam a fomentar o empreendedorismo e a discutir conceitos como criatividade e inovação. Essa é a tendência. Devemos pensar se queremos entrar para a história como protagonistas de um século de grandes inovações ou apenas ficar assistindo ao mundo lá fora empreender.