O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu a decisão do Kremlin de enviar paraquedistas para ajudar a acabar com protestos no Cazaquistão. Segundo ele, isso mostra que seu país não permitirá que forças de fora desestabilizem Estados na região.
A China também ofereceu forças em apoio ao regime cazaque. Durante reunião de líderes de um bloco de segurança liderado por Moscou, Putin disse que a ordem retornava ao Cazaquistão, após tropas da Organização do Tratado de Segurança Coletiva ir ao país para fazer a guarda de aeroportos e importantes prédios do governo. "Entendo que os eventos no Cazaquistão estão longe de ser a primeira ou a última tentativa de interferir em questões domésticas de nossos Estados", afirmou Putin na reunião.
"Não permitiremos que ninguém fomente uma situação em casa e não permitiremos que as chamadas revoluções coloridas sejam executadas", dissse o presidente russo, uma referência ao tipo de levantes que derrubou governos pró-Rússia na Ucrânia e na Geórgia.
O posicionamento do Kremlin se dá após o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, ter afirmado nesta segunda-feira, que o titular da pasta, Wang Yi, conversou por telefone com o chanceler cazaque, Mukhtar Tileuberdi. Na conversa, a autoridade chinesa disse que o país era um aliado estratégico de Pequim e que a China apoia "os esforços para manter a estabilidade e acabar com a violência". Durante entrevista coletiva transcrita no site do ministério, o porta-voz criticou "forças externas" que causariam turbulências no Cazaquistão.