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Internacional

- Publicada em 22 de Dezembro de 2021 às 17:49

EUA inclui em lista de terrorismo rede no Brasil supostamente ligada a Al-Qaeda

Lista de terrorismo foi divulgada nesta quarta-feira pelo Departamento do Tesouro

Lista de terrorismo foi divulgada nesta quarta-feira pelo Departamento do Tesouro


SAJJAD HUSSAIN/AFP/JC
O governo dos EUA incluiu uma rede brasileira de indivíduos e empresas supostamente ligada à Al-Qaeda na lista de terrorismo do Departamento do Tesouro, informou a embaixada norte-americana nesta quarta-feira (22). A ação ocorreu em colaboração com autoridades brasileiras.
O governo dos EUA incluiu uma rede brasileira de indivíduos e empresas supostamente ligada à Al-Qaeda na lista de terrorismo do Departamento do Tesouro, informou a embaixada norte-americana nesta quarta-feira (22). A ação ocorreu em colaboração com autoridades brasileiras.
Haytham Ahmad Shukri Ahmad Al-Maghrabi, 35 anos, egípcio naturalizado brasileiro, Mohamed Sherif Mohamed Awadd, 48, de nacionalidade egípcia e síria, e Ahmad Al-Khatib, 52, de nacionalidade egípcia e libanesa, terão bens e contas nos EUA congelados. Também são alvo de sanções as empresas tocadas por dois deles, em Guarulhos (SP).
Os três teriam "auxiliado materialmente, patrocinado ou fornecido apoio financeiro ou tecnológico e bens ou serviços para apoiar a (facção terrorista) Al-Qaeda", de acordo com o governo dos EUA.
Segundo as autoridades norte-americanas, Al-Maghrabi, que chegou ao Brasil em 2015, foi um dos primeiros membros no País. Ele teria tido contatos frequentes e mantido negócios para a compra de moeda estrangeira de um outro indivíduo filiado à organização em território brasileiro.
Awadd chegou ao Brasil em meados de 2018 e recebeu transferências bancárias de outros associados da Al-Qaeda no País, segundo os EUA. "Até o final de 2018, Awadd desempenhou um papel significativo em um grupo afiliado à Al-Qaeda e estava envolvido na impressão de moeda falsa."
Awadd e Ahmad Al-Khatib teriam auxiliado materialmente, patrocinado ou fornecido apoio financeiro ou tecnológico a Mohamed Ahmed Elsayed Ahmed Ibrahim, incluído na lista de terrorismo do Tesouro dos EUA em 2019 "por ter agido em favor ou em nome da Al-Qaeda".
"As designações de hoje ajudarão a negar o acesso da Al-Qaeda ao setor financeiro formal para gerar receita que apoie suas atividades", afirmou Andrea Gacki, diretora do Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro. 
Khatib, que é xeque muçulmano, está no Brasil há 32 anos e preside a ONG Associação Livro Aberto (Núcleo islâmico), que recebe refugiados sírios. Ele já havia sido investigado na Operação Hashtag, em 2016, que apurou um suposto esquema terrorista para fazer um atentado nas Olimpíadas no Rio.
À reportagem ele nega qualquer envolvimento com a Al-Qaeda. "Não tenho nada a ver com a Al-Qaeda, nem existe Al-Qaeda no Brasil, esse pessoal dos EUA tem imaginação hollywoodiana", afirmou Khatib. Ele disse conhecer os outros dois acusados, Al-Maghrabi e Awadd, porque vendeu uma fábrica a eles.
Com as sanções, ficam proibidas todas as transações efetuadas por norte-americanos, dentro ou fora dos EUA, que envolvam qualquer propriedade ou interesse em propriedade de pessoas designadas ou bloqueadas. Bens e interesses em propriedade de indivíduos e entidades incluídos na lista e que estejam nos EUA ou na posse ou controle de norte-americanos serão bloqueados. Bancos brasileiros também não podem autorizar que indivíduos incluídos na lista abram conta em suas subsidiárias nos EUA, sob pena de sanções.
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