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Internacional

- Publicada em 28 de Outubro de 2021 às 20:26

Macri transforma depoimento sobre caso de espionagem em ato eleitoral

Macri aproveitou a ocasião para fazer um pequeno comício num palco armado diante do tribunal

Macri aproveitou a ocasião para fazer um pequeno comício num palco armado diante do tribunal


JUAN MABROMATA/afp/jc
O ex-presidente argentino Mauricio Macri realizou um ato político nesta quinta-feira (28), em Dolores, na província de Buenos Aires, pouco antes de se apresentar para uma audiência do processo no qual é acusado de espionar parentes das vítimas do acidente com o submarino ARA San Juan, em 2017.
O ex-presidente argentino Mauricio Macri realizou um ato político nesta quinta-feira (28), em Dolores, na província de Buenos Aires, pouco antes de se apresentar para uma audiência do processo no qual é acusado de espionar parentes das vítimas do acidente com o submarino ARA San Juan, em 2017.
A audiência, porém, teve de ser suspensa logo depois de iniciada devido a uma falha técnica do tribunal, que não possuía os dados de inteligência necessários para realizar a sessão. "Foi um erro grotesco do juiz", afirmou o advogado de defesa do ex-presidente, Pablo Lanusse, na saída do local. Uma nova apresentação de Macri à Justiça ficou marcada para 14 de novembro.
Mesmo assim, o ex-líder argentino e outros dirigentes de seu partido, o PRO (Proposta Republicana), aproveitaram a ocasião para fazer um pequeno comício, num palco armado diante do tribunal. A primeira a falar foi a ex-ministra de Segurança Patricia Bullrich, que afirmou haver "juízes bons e juízes ruins". "Sempre vamos colaborar e respeitar a Justiça, mas é preciso fazer a distinção." A defesa de Macri havia pedido, sem sucesso, a remoção do juiz responsável pelo caso, Martín Bava, por considera-lo parcial.
Ao chegar ao local do depoimento, o ex-presidente ouviu gritos de "não toquem no Mauricio" por parte de apoiadores, que carregavam bandeiras argentinas e faixas com o nome de Macri. No palanque, o antecessor de Alberto Fernández afirmou que o atual processo é fruto de perseguição política.
"A cada agressão, a cada calúnia, a cada mentira, mais se fortalecem as minhas convicções, e sinto que isso também ocorre com vocês", afirmou Macri, que também fez menção às eleições legislativas de 14 de novembro. "A Argentina tem futuro, por isso temos que lutar. As primárias já passaram (12 de setembro) e no dia 14 vamos confirmar nossa vitória e lutar por esse futuro juntos."
Nas votações primárias, o governo peronista liderado por Fernández sofreu uma dura derrota, que provocou uma crise política, com a troca de vários ministros. Em pesquisa recente da consultora Opinaia, a coalizão da oposição mantém a dianteira, com 30% das intenções de voto, ante 24% para o governo e 22% de indecisos. As eleições renovam metade da Câmara de Deputados e um terço do Senado.
O processo contra o ex-presidente se refere à acusação de que os familiares das 44 vítimas do acidente foram espionados pelo governo, que estaria em busca das acusações que eles fariam à Justiça. "Esta intimação foi intempestiva, sem fundamentos e no meio de uma campanha eleitoral. Mesmo assim estamos aqui mostrando a cara, tranquilos, porque sabemos o que fizemos", disse Macri. O ex-presidente, porém, só compareceu após a terceira convocação da Justiça. Nas vezes anteriores, estava no exterior.
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