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Internacional

- Publicada em 03 de Outubro de 2021 às 20:28

Comissão aponta que Igreja Católica teve 3 mil pedófilos na França

Jean-Marc Sauvé, chefe da investigação, divulgou informações do relatório de 2,5 mil páginas

Jean-Marc Sauvé, chefe da investigação, divulgou informações do relatório de 2,5 mil páginas


JOEL SAGET/AFP/JC
A Igreja Católica francesa teve entre 2.900 e 3.200 pedófilos entre seus membros nas últimas sete décadas, afirmou neste domingo o chefe de uma comissão independente que investiga os casos de abuso sexual envolvendo menores ou adultos em situação de vulnerabilidade no país.
A Igreja Católica francesa teve entre 2.900 e 3.200 pedófilos entre seus membros nas últimas sete décadas, afirmou neste domingo o chefe de uma comissão independente que investiga os casos de abuso sexual envolvendo menores ou adultos em situação de vulnerabilidade no país.
As conclusões da comissão francesa estão previstas para serem publicadas na terça-feira após dois anos de trabalho que se debruçou sobre as violações cometidas desde a década de 1950. De acordo com informações do chefe do grupo, Jean-Marc Sauvé, ao veículo francês Journal du Dimanche, o universo da investigação abrangeu cerca de 115 mil padres e oficiais religiosos.
Em junho, o Papa Francisco disse que o escândalo dos abusos sexuais na Igreja Católica era uma "catástrofe" mundial. À época, o Vaticano divulgou a revisão mais abrangente das leis da instituição nos últimos 40 anos, endurecendo as regras contra violência sexual. Segundo o novo regramento, o abuso sexual de menores, por exemplo, deve ser punido com a suspensão e/ou destituição do cargo clerical uma vez que representa uma ofensa contra o sexto mandamento do Decálogo, que prega castidade nas palavras e nas obras, com um menor de idade ou com pessoa "habitualmente imperfeita no uso da razão".
A mesma punição se aplica ao clérigo que aliciar menores e vulneráveis para induzi-los "a se exporem pornograficamente" e ao religioso que "adquirir, reter, exibir ou distribuir" imagens pornográficas por meio de qualquer tecnologia.
Em sua conta oficial no Twitter, a Igreja Católica francesa publicou uma oração em nome das vítimas e acrescentou que também faria uma oração na terça-feira, dia da publicação do relatório detalhado. O relatório, de cerca de 2.500 páginas, será enviado à Conferência Episcopal da França e à Conferência de Religiosas e Religiosos de Institutos e Congregações, que encomendaram a investigação.
Além das denúncias, a comissão também avalia os mecanismos, principalmente institucionais, que podem ter favorecido os abusos sexuais e apresentará 45 propostas para reverter essa estrutura.
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