E acrescentou: "É a primeira vez que não estamos em uma guerra em 20 anos, viramos a página." Também Biden pontuou que a ameaça terrorista é real, nos EUA e no exterior, mas que o mundo já não é o mesmo de 2001.
Em um discurso que buscou reforçar a importância da colaboração global, o presidente norte-americano disse que os EUA irão "se opor a tentativas de países grandes de oprimir nações mais fracas", em uma clara referência à China.
Biden ainda disse que o país defende a liberdade de navegação, em referência às reivindicações chinesas pelo Mar do Sul da China; se posicionou contra ataques cibernéticos, que o país também acusa a China de coordenar; e citou Xinjiang, região de minoria muçulmana onde os EUA acusam a China de praticar genocídio, como um dos pontos de preocupação de violações de direitos humanos.
Apesar das críticas, o discurso focou a necessidade de os países trabalharem juntos para enfrentar a pandemia do novo coronavírus e a crise climática. O norte-americano defendeu esforços globais para ampliar a vacinação contra a Covid-19, incluindo o repasse de doses de países ricos para nações com baixas taxas de imunização.
Ele prometeu ainda dobrar para US$ 11,4 bilhões (R$ 60,3 bilhões) as doações ao fundo internacional para países em desenvolvimento combaterem mudanças climáticas. Ainda no campo de assistência, o democrata afirmou que pretende doar US$ 10 bilhões (R$ 53 bilhões) para combater a fome.
Biden enfrenta um momento de pressão internacional. O episódio mais recente envolve a França, depois de os EUA anunciarem uma coalizão com o Reino Unido e a Austrália para fornecer a este último submarinos nucleares - ação que visa conter avanços regionais da China. O acordo significou o fim de uma parceria australiana com a França, o que foi visto como uma "punhalada nas costas" pelo governo de Emmanuel Macron, que convocou seus embaixadores em Washington e Canberra.
Em relação ao Irã, Biden afirmou que os EUA estão comprometidos a retomar o acordo nuclear desde que a nação iraniana cumpra as regras.