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Internacional

- Publicada em 26 de Agosto de 2021 às 17:27

EUA afirma que agirá contra autores de atentado em Cabul

Chefe do Comando Militar, Kenneth McKenzie, disse que o foco agora é garantir que não haja outros atentados

Chefe do Comando Militar, Kenneth McKenzie, disse que o foco agora é garantir que não haja outros atentados


SAJJAD HUSSAIN/AFP/JC
Após as explosões que deixaram ao menos 72 mortos, incluídos 12 militares norte-americanos, os EUA se disseram determinados a repreender os autores dos ataques desta quinta-feira (26), reivindicados pelo Estado Islâmico.
Após as explosões que deixaram ao menos 72 mortos, incluídos 12 militares norte-americanos, os EUA se disseram determinados a repreender os autores dos ataques desta quinta-feira (26), reivindicados pelo Estado Islâmico.
"Estamos trabalhando muito duro agora para determinar a autoria, quem está associado a esse ataque covarde e estamos preparados para agir contra eles. 24/7 (24 horas por dia, 7 dias por semana) estamos buscando por eles", afirmou o chefe do Comando Militar norte-americano, general Kenneth McKenzie, durante entrevista coletiva.
McKenzie confirmou que os ataques mataram 12 militares norte-americanos e deixaram outros 15 feridos. O número de afegãos mortos no atentado desta quinta, por sua vez, já chega a 60, de acordo com o jornal The Wall Street Journal, levando o total de vítimas para ao menos 72.
Essa foi a primeira morte de oficiais dos EUA no Afeganistão desde fevereiro de 2020, quando dois militares foram mortos e seis ficaram feridos após um homem com uniforme do Exército do Afeganistão abrir fogo com uma metralhadora. Segundo o observatório Custos da Guerra da Universidade Brown (EUA), cerca de 2.300 soldados norte-americanos morreram no Afeganistão até 2019.
Apesar de ressaltar a determinação norte-americana em agir contra os autores, o chefe do Comando Militar disse que o foco agora é garantir que não haja outros atentados. "Temos outras ameaças ativas", explicou. "O padrão é de ataques múltiplos e queremos estar preparados e prontos para nos defender."
Cerca de 5.200 militares têm feito a segurança do aeroporto, segundo os EUA, enquanto as forças norte-americanas realizam a operação de retirada, cujo prazo final para ser concluída é o próximo dia 31 de agosto, e coordenam no terminal de passageiros o resgate de diplomatas, cidadãos ocidentais e afegãos que auxiliaram a ocupação.
As duas explosões desta quinta atingiram os arredores do terminal, onde afegãos e ocidentais se concentram para tentar uma vaga na evacuação do país, desde o último dia 15 controlado pelo grupo fundamentalista Taleban após uma rápida ofensiva.
Uma delas ocorreu na principal entrada do terminal aéreo, o Abbey Gate, e outra próxima ao hotel Baron, nas imediações do aeroporto, acordo com o Pentágono. A embaixada dos EUA em Cabul relatou ainda disparos com armas de fogo.
Ao menos 60 feridos foram atendidos em um hospital de Cabul, e o Wall Street Journal fala em 150 no total. Civis afegãos, soldados talibãs e militares americanos estão entre os atingidos.
Os ataques ocorrem após a Casa Branca e seus aliados alertarem sobre riscos iminentes de atos terroristas da filial afegã do Estado Islâmico, adversária do Taleban, o que impactou o processo de retirada do país - o grupo agora no poder negou a autoria e afirmou que quem cuida da segurança da região são os norte-americanos.
Na tarde desta quinta, um dos porta-vozes do Taleban publicou comunicado no Twitter em que diz que "condena veementemente" o atentado, "ocorrido em uma área onde as forças dos EUA são responsáveis pela segurança". O grupo disse ainda que "presta muita atenção à segurança e proteção de seu povo".
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, condenou o que chamou de "ataque terrorista, que matou e feriu civis".
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