O ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu ordenou que funcionários destruíssem documentos guardados em seu escritório antes que o novo premiê, Naftali Bennett, assumisse o cargo, contaram pessoas que trabalhavam no gabinete ao jornal israelense Hareetz. A ação teria acontecido no domingo (13), e não se sabe quantos ou quais documentos foram inutilizados. A destruição de documentos públicos é proibida por lei em Israel.
De acordo com o Hareetz, os cofres que guardam documentos ficam em uma área conhecida como aquário, ocupada pelo primeiro-ministro e por seus assessores mais graduados. Geralmente, a papelada é composta pela agenda de funcionários seniores e documentos relacionados aos seus trabalhos. Uma parte da documentação teria sido transferida normalmente para o escritório, onde poderá ser acessada por Bennett e seus assessores.
Desafiador, o premiê mais longevo de Israel se manteve combativo, atacou o "perigoso governo de esquerda" e prometeu voltar ao poder. "Se estamos destinados a ser a oposição, faremos isso de cabeça erguida até podermos derrubá-lo", declarou Netanyahu em seu último discurso no Knesset, o parlamento israelense. "Se Deus quiser, vamos derrubá-lo mais cedo do que as pessoas pensam."
A lei israelense determina que funcionários públicos etiquetem e enviem todos os seus documentos a arquivos estaduais. A regra vale inclusive para itens pessoais, como agendas. Todos são considerados propriedade do Estado.