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Internacional

- Publicada em 04 de Junho de 2021 às 16:13

Facebook diz que Trump ficará suspenso por dois anos e unifica regras para políticos

Suspensão do então presidente dos EUA se deu quando da invasão do Capitólio

Suspensão do então presidente dos EUA se deu quando da invasão do Capitólio


Olivier DOULIERY/AFP/JC
O Facebook anunciou na sexta-feira que o ex-presidente Donald Trump ficará suspenso de suas redes sociais por pelo menos dois anos, até 7 de janeiro de 2023. Banido após incitar seus apoiadores durante a invasão do Capitólio, no dia 6 de janeiro, Trump terá seu retorno condicionado à redução do risco à segurança pública, anunciou a plataforma.
O Facebook anunciou na sexta-feira que o ex-presidente Donald Trump ficará suspenso de suas redes sociais por pelo menos dois anos, até 7 de janeiro de 2023. Banido após incitar seus apoiadores durante a invasão do Capitólio, no dia 6 de janeiro, Trump terá seu retorno condicionado à redução do risco à segurança pública, anunciou a plataforma.
A rede social anunciou também que não vai mais dar um sinal verde automático para postagens de políticos caso seu conteúdo vá contra as regras da plataforma, revertendo parcialmente uma política que há anos é alvo de críticas maciças, que se acentuaram durante o governo Trump.
A mudança acende o alerta para outros líderes mundiais cujos comportamentos virtuais também são com frequência alvo de escrutínio, como o presidente Jair Bolsonaro.
O anúncio é uma resposta à decisão do conselho de supervisão independente da plataforma que, em 5 de maio, decidiu que o Facebook agiu corretamente ao suspender o então presidente diante do risco à segurança pública representado pela violência no Capitólio, que deixou cinco mortos.
O grupo, no entanto, criticou a indefinição do prazo para o veto, algo que não está previsto no código da plataforma, e havia dado um prazo de seis meses para que uma punição padrão fosse aplicada - fosse um prazo para o veto ou a suspensão permanente.
O conselho de 20 membros é composto por ex-políticos, advogados, jornalistas e ativistas, age quase como um tribunal sobre as decisões de moderação do site. O Facebook financia o grupo com um fundo de US$ 130 milhões e seus principais executivos tiveram um papel central para formá-lo, mas afirma que todas as decisões são independentes.
Até o momento, pelas regras da plataforma, assumia-se que as falas e postagens de figuras políticas tinham por si só valor noticioso, o fazia com que fossem automaticamente mantidas no ar. Isso valia independentemente de seu potencial danoso, com a exceção de casos extremos determinados por critérios pouco transparentes.
A partir de agora, a empresa não vai mais assumir que o discurso dos políticos é necessariamente de interesse público, submetendo as autoridades às regras aplicadas a todos os usuários. O código de conduta proíbe assédio, discriminação e discurso de ódio, por exemplo.
Não está claro quais serão os critérios que guiarão esta decisão, mas a rede de Mark Zuckerberg afirmou que passará a sinalizar explicitamente quando uma postagem for mantida no ar por ser considerada de interesse público.
Respondendo aos pedidos de maior transparência, a rede de Zuckerberg divulgou também maiores detalhes do até então opaco sistema que adota para determinar quando irá suspender seus usuários. A partir de agora, enviará uma notificação avisando que transgressões passíveis de banimento do site foram cometidas e que não devem se repetir.
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