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Internacional

- Publicada em 19 de Maio de 2021 às 16:04

Biden cobra de Netanyahu 'desaceleração significativa' do conflito com Hamas ainda nesta quarta-feira

Pressionado, Biden (d) teria subido o tom com Netanyahu nesta última conversa

Pressionado, Biden (d) teria subido o tom com Netanyahu nesta última conversa


JACK GUEZ e SAUL LOEB/AFP/JC
Após mais uma noite de violência no décimo dia de hostilidades entre israelenses e palestinos, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que espera para esta quarta-feira (19), uma "desescalada significativa" do conflito militar com os palestinos.
Após mais uma noite de violência no décimo dia de hostilidades entre israelenses e palestinos, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que espera para esta quarta-feira (19), uma "desescalada significativa" do conflito militar com os palestinos.
Em um comunicado divulgado pela Casa Branca, após a quarta conversa entre Biden e Netanyahu desde o início da crise atual, "o presidente expressou ao primeiro-ministro que espera uma significativa desescalada ainda nesta quarta para encaminhar um cessar-fogo".
A comunidade internacional tem se mobilizado na tentativa de encontrar uma solução para o fim da violência entre israelenses e palestinos. O próprio Biden vem pressionando o premiê israelense a aceitar um cessar-fogo desde o começo da semana e, embora publicamente a Casa Branca mantenha o apoio irrestrito a Israel, subiu o tom nesta quarta.
Desde o início do conflito, a Casa Branca demanda uma gestão diplomática "discreta". Muitas vozes se levantam, no entanto, dentro do Partido Democrata (de Biden), por uma posição mais firme com Netanyahu.
Duas pessoas que presenciaram o telefonema entre Biden e Netanyahu, na segunda-feira (17), disseram ao New York Times que o presidente deixou claro que não poderia segurar muito tempo a pressão internacional contra os bombardeios israelenses.
Os ataques aéreos israelenses sobre a Faixa de Gaza se intensificaram nesta quarta-feira (19). Israel diz que aguarda "o momento certo" para encerrar sua ofensiva contra o enclave palestino.
A Alemanha, outra potência ocidental que vem demonstrando apoio ao direito de defesa israelense, anunciou que vai enviar na quinta-feira (20) o ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas, a Israel e Ramallah (Cisjordânia), para realizar reuniões com o objetivo de diminuir a escalada entre israelenses e palestinos. Maas deve se encontrar com o chanceler israelense, Gabi Ashkenazi, o ministro da Defesa, Benny Gantz, e o presidente Reuven Rivlin. Do lado palestino, ele se encontrará com o primeiro-ministro Mohamed Shtayyeh, segundo comunicado oficial.
Na terça-feira (18), os presidentes da França e do Egito, Emmanuel Macron e Abdel Fattah el-Sisi, encontraram-se em Paris, onde participaram de uma videoconferência com o rei da Jordânia, Abdullah II, para discutir o fim do conflito.
Segundo autoridades de saúde de Gaza e Israel, 219 pessoas morreram do lado palestino, enquanto 12 morreram em território israelense. O governo de Netanyahu sustenta que 140 dos mortos em Gaza são terroristas envolvidos no conflito.

Greve

Palestinos em Israel e nos territórios ocupados entraram ontem em greve em um raro protesto coletivo. Apesar de o movimento ter sido pacífico em muitos lugares, com as lojas fechadas nas movimentadas ruas da Cidade Velha de Jerusalém, a violência explodiu na Cisjordânia.
Centenas de palestinos queimaram pneus em Ramallah e atiraram pedras contra um posto de controle militar israelense. As tropas dispararam gás lacrimogêneo. Três manifestantes foram mortos e mais de 140 ficaram feridos. O Exército israelense disse que dois de seus soldados foram feridos por tiros nas pernas.
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