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Internacional

- Publicada em 27 de Abril de 2021 às 03:00

Países iniciam corrida para descarbonização após a realização da Cúpula do Clima

A articulação dos Estados Unidos pelas metas do Acordo de Paris trouxe ao debate climático otimismo de última hora sobre a capacidade de o mundo responder à crise do clima. Para especialistas, o prazo mais curto cria competição global pautada na redução das emissões de carbono. "O caminho da descarbonização está dado; agora vira uma corrida pelas melhores tecnologias para isso", avalia a economista e doutora em ciência política Ana Toni, do Instituto Clima e Sociedade.

A articulação dos Estados Unidos pelas metas do Acordo de Paris trouxe ao debate climático otimismo de última hora sobre a capacidade de o mundo responder à crise do clima. Para especialistas, o prazo mais curto cria competição global pautada na redução das emissões de carbono. "O caminho da descarbonização está dado; agora vira uma corrida pelas melhores tecnologias para isso", avalia a economista e doutora em ciência política Ana Toni, do Instituto Clima e Sociedade.

Durante a Cúpula do Clima, organizada pelos EUA, na semana passada, o enviado especial de clima dos americanos, John Kerry, afirmou por duas vezes a aposta em manter o aquecimento global abaixo de 1,5ºC. "Mais de 50% do PIB global acordou aqui hoje que nós vamos para 1,5ºC", disse Kerry na Cúpula, após quatro meses de articulações com os maiores emissores do planeta para antecipar de 2050 para 2030 os marcos dos compromissos.

Países desenvolvidos como EUA, Japão e Canadá, além da União Europeia, anunciaram metas de redução de cerca de metade das emissões até 2030, o que responde de forma inédita à recomendação da ciência para conter o aquecimento em 1,5ºC. Antes da cúpula, o Marrocos era o único país com uma meta adequada para o objetivo do Acordo de Paris.

Avanços comedidos anunciados pelos líderes de economias emergentes foram comemorados como sinais de cooperação, já que a negociação sobre as diferentes responsabilidades entre desenvolvidos e emergentes tem sido um dos principais empecilhos para acordos climáticos.

Em busca de um alinhamento global para recuperar a confiança na agenda e na condução americana, os EUA reforçaram os cuidados diplomáticos com grandes emissores como a China e a Rússia, que também são antagonistas dos americanos em outras pautas.

A China anunciou que antecipará o pico de emissões para antes de 2030 e reduzir o uso de carvão a partir de 2025, enquanto a Rússia falou em zerar emissões até 2050. Os Estados Unidos também já anunciaram uma parceria para apoiar a transição energética na Índia, cujo setor elétrico responde por quase metade de suas emissões. Os indianos respondem por 7% das emissões globais atuais.

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