No sábado (10), às vésperas do primeiro turno do pleito presidencial no Peru, o cenário eleitoral era tão incerto que não era possível afirmar quem eram os favoritos a um eventual segundo turno. Dos 18 candidatos na disputa, nenhum tinha mais de 10% das intenções de voto nas pesquisas, e os sete primeiros estavam embolados com diferenças que variavam de centésimos a cinco pontos percentuais.
Os sete candidatos com chances de ir para o segundo turno são o ex-legislador Yonhy Lescano (centro-direita), a antropóloga Verónika Mendoza (esquerda), o economista Hernando de Soto (direita), Keiko Fujimori (direita populista, filha do ex-presidente Alberto Fujimori), o ex-futebolista George Forsyth (centro-direita), o professor e sindicalista Pedro Castillo (esquerda radical) e o empresário Rafael López Aliaga (extrema direita).
Para evitar um segundo turno em junho, um candidato precisa de mais de 50% dos votos, e as pesquisas mostram que o líder obtém apenas cerca de 15% - Lescano em primeiro, seguido por Forsyth, Aliaga e Keiko.
As autoridades eleitorais afirmaram ter havido dificuldade para a formação de 20% das mesas de votação. Isso porque mesários se ausentaram, provavelmente por medo da propagação do coronavírus. No sábado, o Peru registrou seu recorde de mortes em 24 horas, com 384 óbitos, elevando o total para 54.669 vítimas.