A Coreia do Norte realizou testes com mísseis balísticos nesta quinta-feira (25), pela primeira vez desde que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assumiu o cargo. Com o movimento, o país expande sua capacidade militar e aumenta a pressão sobre Washington, enquanto negociações nucleares continuam paralisadas.
O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, disse que os lançamentos ameaçam "a paz e a segurança do Japão e da região" e afirmou que Tóquio vai coordenar de perto com os EUA e com a Coreia do Sul o acompanhamento dos testes militares do país.
Autoridades presentes em uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional da Coreia do Sul expressaram "profunda preocupação" com os testes da Coreia do Norte em um momento no qual o governo Biden busca concluir uma revisão da sua política sobre o país.
O Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse que dois mísseis de curto alcance foram disparados por volta de 19h06min e 19h25min (quarta-feira em Brasília) de uma área na costa leste da Coreia do Norte. Os projéteis voaram 450 quilômetros, a um apogeu de 60 quilômetros, antes de pousar no mar. Os militares sul-coreanos disseram ter intensificado o monitoramento em caso de "novas provocações" do país.
A Coreia do Norte tem um histórico de testar novos governos dos EUA com lançamentos de mísseis e outras provocações destinadas a forçar os americanos de volta à mesa de negociação. Ainda assim, os lançamentos desta quinta-feira foram uma provocação contida em comparação aos testes de mísseis nucleares e intercontinentais em 2017, que inspiraram temores de guerra antes que a Coreia do Norte adotasse uma
postura diplomática em relação ao governo Trump, em 2018.