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Internacional

- Publicada em 23 de Março de 2021 às 20:47

Partido de Netanyahu soma mais cadeiras, mas não garante maioria em Israel

Após as primeiras projeções, Naftali Bennett se pronunciou, afirmando que irá fazer o que é bom para o Estado de Israel

Após as primeiras projeções, Naftali Bennett se pronunciou, afirmando que irá fazer o que é bom para o Estado de Israel


Gil COHEN-MAGEN/AFP/JC
Os primeiros resultados de boca de urna das eleições desta terça-feira (23) em Israel mostram o Likud, partido do atual premiê, Benjamin Netanyahu, conquistando entre 31 e 33 dos 120 assentos do Knesset, o Parlamento israelense, o que leva o bloco a seu favor a somar de 53 a 54 assentos. Já o Há Futuro, principal partido do bloco anti-Netanyahu, deve garantir entre 16 e 18 assentos, totalizando 59 eleitos.
Os primeiros resultados de boca de urna das eleições desta terça-feira (23) em Israel mostram o Likud, partido do atual premiê, Benjamin Netanyahu, conquistando entre 31 e 33 dos 120 assentos do Knesset, o Parlamento israelense, o que leva o bloco a seu favor a somar de 53 a 54 assentos. Já o Há Futuro, principal partido do bloco anti-Netanyahu, deve garantir entre 16 e 18 assentos, totalizando 59 eleitos.
Para conseguir governar, é preciso conseguir 61 cadeiras. Os dois lados, portanto, precisam formar alianças - e o partido Yemina, que deve ter de 7 a 8 assentos, ganha papel importante. Após as primeiras projeções, o seu líder, Naftali Bennett, se pronunciou, afirmando que irá fazer o que é bom para o Estado de Israel.
Mesmo sem maioria garantida, o atual primeiro-ministro reivindicou uma "enorme vitória" no pleito. Na quarta eleição em dois anos no país, o premiê tenta garantir seu sexto mandato. Para isso, precisa costurar apoios e conseguir maioria simples na Casa. Os resultados finais, porém, são esperados apenas para o fim da semana.
Mais do que eleger os parlamentares, a eleição é um referendo pessoal do primeiro-ministro, que, há 12 anos no poder, é o mais longevo no cargo desde a criação do Estado de Israel, em 1948. Bibi, como é conhecido, enfrenta ainda na Justiça três acusações de corrupção.
Pesa a seu favor seu envolvimento direto na compra antecipada de vacinas - o país já aplicou as duas doses do imunizante em 52% de sua população. Assim, Netanyahu é considerado o responsável pelo êxito, mesmo que, para alguns, tenha feito vista grossa para aliados políticos, como os ultraortodoxos, que demoraram para atender às instruções sanitárias.
Ele também exibe como trunfo a assinatura dos chamados Acordos de Abraão de normalização diplomática com Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos, na prática uma aliança anti-Irã que contou com mediação do ex-presidente norte-americano Donald Trump.
Os analistas têm dividido os partidos em dois blocos: os pró-Bibi, com projeção de conquistar 51 cadeiras, e os anti-Bibi, com 56. Ambos precisariam dos assentos de duas siglas, Yemina e Lista Árabe Unida, que poderiam se unir a qualquer um dos lados, para chegar ao número-chave de 61 e formar governo.
Chama a atenção que no bloco contra o premiê unem-se nomes da esquerda, como já era comum, e alguns da direita, que se cansaram do culto a Netanyahu por boa parte de seus apoiadores. Eles afirmam que o premiê só pensa em se livrar das acusações e que pode até mesmo causar danos à democracia para tal.
Se ir às urnas parece ter se tornado algo mais frequente do que o habitual, os eleitores encontraram um cenário um pouco diferente da última vez que participaram do pleito, em março do ano passado. Neste ano, cerca de 700 sessões eleitorais especiais foram instaladas em todo o país para pessoas em quarentena ou que provavelmente estiveram em contato com infectados ou voltaram do exterior e para os próprios infectados. A polícia esteve nesses locais para garantir que as medidas de prevenção da Covid-19 fossem respeitadas, inclusive no aeroporto Ben Gurion, destinado a eleitores em quarentena.
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