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Internacional

- Publicada em 15 de Março de 2021 às 19:51

Justiça da Bolívia determina 4 meses de prisão preventiva para Jeanine Añez

Jeanine Añez foi detida no sábado (13) sob acusações de conspiração, sedição e terrorismo

Jeanine Añez foi detida no sábado (13) sob acusações de conspiração, sedição e terrorismo


AIZAR RALDES/AFP/JC
A Justiça boliviana fixou em quatro meses a pena de prisão preventiva para a ex-presidente Jeanine Añez, detida no sábado (13) sob acusações de conspiração, sedição e terrorismo durante os dias que se seguiram à renúncia de Evo Morales, em novembro de 2019. A promotoria pedia 6 meses.
A Justiça boliviana fixou em quatro meses a pena de prisão preventiva para a ex-presidente Jeanine Añez, detida no sábado (13) sob acusações de conspiração, sedição e terrorismo durante os dias que se seguiram à renúncia de Evo Morales, em novembro de 2019. A promotoria pedia 6 meses.
A juíza Regina Santa Cruz conduziu uma audiência que durou várias horas no domingo (14) e ouviu o Ministério Público da Bolívia, que havia pedido pena de seis meses, e os advogados de Jeanine e de dois de seus ex-ministros - Álvaro Coimbra (Justiça) e Rodrígo Guzmán (Energia). "Me enviam para quatro meses de detenção para esperar o julgamento por um 'golpe' que nunca aconteceu", disse a ex-presidente, em uma publicação no Twitter.
Segundo ela, a decisão de domingo corrobora a denúncia que ela e seus aliados têm feito contra Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo e do atual presidente do país, Luis Arce. "O MAS decide e o sistema judicial obedece", escreveu.
Jeanine, de 53 anos, foi detida na madrugada de sábado em sua casa, na cidade de Trinidad. Ela foi encontrada pelos policiais escondida dentro de uma cama box e conduzida a La Paz.
A denúncia contra a ex-presidente foi apresentada por um bloco de deputados e ex-deputados do MAS. A questão seguiu para a Justiça. No processo, a Promotoria acusa a cúpula do governo de Jeanine de ter causado mais de 30 mortes na repressão aos protestos após a saída do líder indígena.
As acusações de "sedição, conspiração e terrorismo" referem-se ao modo como ela atuou no período em que esteve interinamente no poder - entre 12 de novembro de 2019, dois dias depois da renúncia de Evo, e 8 de novembro de 2020, quando Arce assumiu depois de vencer as eleições realizadas em outubro.
As penas para os crimes descritos, caso sejam confirmadas, vão de 5 a 20 anos de prisão. Após ser detida, a ex-presidente enviou cartas para a União Europeia e para a Organização dos Estados Americanos (OEA), pedindo o envio de observadores para acompanhar o processo contra ela.
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