As autoridades de saúde da Itália ordenaram, nesta quinta-feira (11), o recolhimento de um lote da vacina contra o coronavírus da AstraZeneca, após a morte de dois homens na Sicília que haviam sido imunizados recentemente. A autoridade italiana de medicamentos, Aifa, confirmou que estava interrompendo o uso de um lote de doses como uma medida "de precaução", acrescentando que nenhuma ligação foi estabelecida ainda entre a vacina e os óbitos.
Stefano Paterno, um oficial da marinha de 43 anos, e Davide Villa, um policial de 50 anos, haviam recebido o imunizante do lote ABV2856 da AstraZeneca. Paterno morreu de suspeita de ataque cardíaco na terça-feira (9), um dia após a vacina, enquanto que Villa morreu no fim de semana, cerca de 12 dias após a imunização.
Segundo a autoridade de saúde dinamarquesa, a utilização da vacina da AstraZeneca foi interrompida temporariamente no País em meio a preocupações de que ela esteja levando a maiores riscos de coágulos sanguíneos. Após o anúncio, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou que não há evidências de que as vacinas contra a covid-19 possam causar trombose.
"As informações disponíveis até o momento indicam que o número de tromboembolias em indivíduos vacinados não é maior do que o observado na população em geral", afirmou o órgão de saúde. As reações cardiovasculares "não são classificadas como efeitos colaterais" do medicamento, apontou.