Médicos da Alemanha estão preocupados com a grande proporção de pessoas pertencentes a minorias étnicas entre os pacientes com coronavírus em tratamento intensivo. Na avaliação deles, há forte falta de comunicação adequada com as comunidades muçulmanas, em particular sobre os perigos da doença.
Lothar Wieler, chefe do Instituto Robert Koch, agência alemã de controle de doenças, confirmou que a questão foi discutida com consultores médicos seniores no mês passado, embora ele tenha enfatizado que a reunião foi informal. Wieler foi citado pela mídia alemã dizendo que o assunto era "tabu" para o governo alemão, que temia que o debate pudesse ser visto como racista. Como aponta o The Guardian, ele teria classificado a situação como "grande problema" que teve "implicações massivas" para o governo.
Na terça-feira (2), a Alemanha relatou 9.019 novos casos e 418 mortes por Covid-19. A tendência nas infecções tem sido similar ao final de fevereiro, com o total de casos ativos diminuindo. No entanto, a contagem de óbitos ainda é considerada alta, mesmo que tenha diminuído nas últimas semanas.