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Estados Unidos

- Publicada em 10 de Janeiro de 2021 às 21:02

Congresso pode definir futuro de Trump nesta semana

Derrotado nas urnas, futuro político de Trump pode ser definido pelo Congresso

Derrotado nas urnas, futuro político de Trump pode ser definido pelo Congresso


Daniel SLIM/AFP/JC
A nove dias de deixar a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump corre o risco de deixar a Casa Branca pela porta dos fundos. A invasão do prédio do Congresso norte-americano na quarta-feira passada por apoiadores do republicano, que incitou os manifestantes a se revoltarem contra a certificação da vitória de Joe Biden na eleição presidencial pelos parlamentares, pode ser selado um melancólico fim de governo.
A nove dias de deixar a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump corre o risco de deixar a Casa Branca pela porta dos fundos. A invasão do prédio do Congresso norte-americano na quarta-feira passada por apoiadores do republicano, que incitou os manifestantes a se revoltarem contra a certificação da vitória de Joe Biden na eleição presidencial pelos parlamentares, pode ser selado um melancólico fim de governo.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos planeja votar nesta semana um novo pedido de impeachment contra o presidente Trump por causa da invasão do Capitólio. Legisladores democratas e republicanos têm condenado a retórica do presidente e pedido sua saída do cargo.
O líder da maioria democrata na Câmara, James Clyburn, afirmou que um ou mais processos de impeachment chegarão ao plenário da Casa nesta semana, provavelmente na terça-feira ou na quarta-feira. A programas de televisão neste domingo, ele disse que as denúncias podem incluir alegações relacionadas à conduta de Trump sobre os protestos da última semana, além das alegadas tentativas de mudar os resultados da eleição presidencial na Geórgia.
Clyburn reconheceu que um processo de impeachment contra Trump poderia interferir na agenda do presidente eleito, Joe Biden, que toma posse no próximo dia 20. Ele sugeriu que a Casa poderia adiar o envio das denúncias ao Senado até que o mandato de Biden acumule algum tempo transcorrido
"Vamos dar ao presidente Biden os 100 dias de que ele necessita para mostrar sua agenda e colocá-la em funcionamento, e talvez enviemos os processos em algum momento depois disso", afirmou Clyburn em entrevista à CNN.
De acordo com outro democrata, David Cicilline, um dos autores do pedido de impeachment de Trump que toma por base a suposta incitação do presidente à invasão do Capitólio na última semana, a denúncia tem o apoio de 210 deputados da Câmara.
Neste domingo, o deputado democrata Hakeem Jeffries afirmou que o presidente deve ser imediatamente removido do cargo por ser "um claro perigo para a saúde e segurança do povo americano". Segundo o parlamentar, o Congresso tem a "responsabilidade constitucional" de resolver a questão, seja através do impeachment ou pressionando para que o gabinete do presidente invoque a 25ª Emenda, declarando que Trump é inapto para o governo.
Jeffries, representante do Estado de Nova York, declarou ainda que apesar de a conta de Trump no Twitter ter sido suspensa, o atual presidente ainda possui acesso aos códigos nucleares e a outros instrumentos de poder. "Donald Trump está completamente fora de controle e até mesmo seus apoiadores de longa data chegaram a essa conclusão", afirmou o parlamentar em entrevista à rede de televisão americana NBC.
A pressão para que o republicano deixe o cargo também vem de seu partido: o senador Pat Toomey defendeu que Trump deveria renunciar. Sobre um impeachment, ele afirmou que não deve haver um "caminho viável" neste momento.

Vice-presidente Mike Pence deve ir à posse de Joe Biden no dia 20

O vice-presidente norte- americano, Mike Pence, deve ir à cerimônia de posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, no próximo dia 20, de acordo com diferentes veículos de comunicação dos EUA. Ainda não há uma confirmação oficial por parte do gabinete de Pence, mas o gesto aumentaria o distanciamento entre ele e o atual presidente, Donald Trump.
Na última semana, antes de ter sua conta no Twitter suspensa pela rede social, Trump afirmou que não iria à cerimônia. Será apenas a quarta vez na história dos Estados Unidos que um presidente não estaria na transmissão de cargo para seu sucessor, e a primeira vez em mais de 150 anos em que isso aconteceria. Biden já afirmou que Pence, por sua vez, seria bem-vindo.
Trump tem sustentado que a transição ocorrerá de forma "ordenada", mas que a eleição que escolheu o democrata foi fraudada - ele não apresenta provas de que isso teria ocorrido.