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Internacional

- Publicada em 22 de Dezembro de 2020 às 21:03

Após 48 horas, França anuncia reabertura parcial da fronteira com Reino Unido

Ao menos 650 caminhões estão atualmente bloqueados na rodovia que vai de Londres a Dover

Ao menos 650 caminhões estão atualmente bloqueados na rodovia que vai de Londres a Dover


JUSTIN TALLIS/AFP/JC
O Reino Unido e a França chegaram a um acordo sobre a situação das fronteiras, questão que vem isolando a ilha a menos de dez dias para o Brexit. A França autorizou, a partir da meia-noite desta terça (22), o retorno de franceses, britânicos e pessoas de outras nacionalidades que residam na França, desde que apresentem um teste de Covid-19 com resultado negativo feito nas 72 horas anteriores. Passageiros vindos do Reino Unido e se dirigindo a outro país também podem transitar pelo território francês, igualmente com o resultado negativo para Covid-19.
O Reino Unido e a França chegaram a um acordo sobre a situação das fronteiras, questão que vem isolando a ilha a menos de dez dias para o Brexit. A França autorizou, a partir da meia-noite desta terça (22), o retorno de franceses, britânicos e pessoas de outras nacionalidades que residam na França, desde que apresentem um teste de Covid-19 com resultado negativo feito nas 72 horas anteriores. Passageiros vindos do Reino Unido e se dirigindo a outro país também podem transitar pelo território francês, igualmente com o resultado negativo para Covid-19.
Os caminhões de carga parados em diversos pontos do Reino Unido também serão autorizados a entrar na França a partir da meia-noite. Para isso, a os britânicos vão fornecer testes de Covid-19 aos motoristas, em diversos locais da ilha, antes de cruzarem a fronteira, informou o ministro dos transportes, Grant Shapps. O resultado dos exames sai em 30 minutos. Ele advertiu, contudo, que devido ao grande números de veículos na espera, a situação pode levar até três dias para se normalizar.
Voos, embarcações e o Eurostar, trem que liga os dois países pelo Canal da Mancha, voltam ao fluxo a partir desta quarta (23), pela manhã. Passageiros devem apresentar o resultado do exame antes do embarque, em solo britânico, e não há possiblidade de que o exame seja feito na chegada à França. As novas regras estão em vigor até 6 de janeiro.
Desde domingo (20), mais de 40 países, de vários continentes, suspenderam as conexões aéreas, ferroviárias e marítimas com o Reino Unido por causa da proliferação de uma nova mutação do coronavírus, que tem se mostrado com maior poder de contágio. A Alemanha impôs uma proibição aos viajantes do Reino Unido que pode se estender até 6 de janeiro.
Os Estados Unidos anunciaram que não adotarão restrições a voos vindos do Reino Unido. Vários membros da força-tarefa da Covid-19 recomendaram que a Casa Branca exigisse a apresentação de testes negativos antes do embarque dos passageiros, mas o governo de Donald Trump foi contra a medida. O presidente eleito dos EUA, Joe Biden, afirmou em uma entrevista coletiva nesta terça que sua equipe avalia impor a exigência, que valeria inclusive para cidadãos norte-americanos retornando ao país.
A circulação de mercadorias entre França e Reino Unido foi bastante afetada, já que Paris fechou completamente as fronteiras. Há quilômetros de engarrafamentos de caminhões de carga no sul da Inglaterra.
De acordo com ministra do Interior britânica, Priti Patel, 650 caminhões estão atualmente bloqueados na rodovia que vai de Londres a Dover, o principal porto britânico no Canal da Mancha, fechado ao tráfego de saída há quase dois dias. Outros 2.188 caminhões permanecem estacionados em um antigo aeroporto próximo. Embora os caminhões ainda pudessem cruzar da França para o Reino Unido, eles não podiam retornar, então os motoristas estavam relutantes em viajar.
A crise na fronteira levou consumidores ao pânico - eles esvaziaram as prateleiras de alguns supermercados de itens como peru, papel higiênico, pão e vegetais.O governo disse que havia comida suficiente para o Natal, mas responsáveis pelas redes de supermercado Tesco e Sainsbury's afirmaram que os suprimentos de comida seriam afetados se a interrupção continuasse.
Os países da União Europeia têm a última palavra sobre o controle de suas fronteiras. Eles estão dispostos a receber seus cidadãos presos no Reino Unido, mas querem impedir qualquer viagem que não seja essencial.
Diante do alarme provocado pela nova mutação do coronavírus, a Organização Mundial da Saúde (OMS)  buscou transmitir uma mensagem de tranquilidade na segunda-feira (21) e afirmou que a nova variação "não está fora de controle", como havia declarado o ministro da Saúde britânico, Matt Hancock.
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