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Estados Unidos

- Publicada em 12 de Novembro de 2020 às 17:05

Casa Branca planeja orçamento como se Trump tivesse vencido a eleição

Casa Branca mantém planos da reeleição e irrita funcionários

Casa Branca mantém planos da reeleição e irrita funcionários


BRENDAN SMIALOWSKI/AFP/JC
A Casa Branca instruiu as agências federais norte-americanas a continuarem preparando a proposta de orçamento para o próximo ano fiscal, segundo o jornal The Washington Post, o que mostra que o governo de Donald Trump segue se recusando a reconhecer a derrota nas eleições para o democrata Joe Biden. O ano fiscal norte-americano começa no quarto trimestre de 2021 e avança para 2022, e a proposta de orçamento precisa ser enviada ao Congresso até fevereiro.
A Casa Branca instruiu as agências federais norte-americanas a continuarem preparando a proposta de orçamento para o próximo ano fiscal, segundo o jornal The Washington Post, o que mostra que o governo de Donald Trump segue se recusando a reconhecer a derrota nas eleições para o democrata Joe Biden. O ano fiscal norte-americano começa no quarto trimestre de 2021 e avança para 2022, e a proposta de orçamento precisa ser enviada ao Congresso até fevereiro.
Como o próximo mandato começa em 20 de janeiro, o futuro governo tem tempo hábil para preparar o documento e enviá-lo ao Congresso. Mas a atual administração segue agindo como se o republicano tivesse sido reeleito. Desde que Biden foi projetado, no sábado (7), o vencedor da disputa nos Estados Unidos, a agência que poderia acelerar a transição de governo se recusa a iniciar processo.
Nesta quinta-feira (12), a rede de televisão CNN revelou que o Departamento de Estado (o equivalente ao Itamaraty) está impedindo que o presidente eleito tenha acesso a várias mensagens de líderes mundiais enviadas a Biden.
Na terça-feira (10) o secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que estava pronto para "iniciar a transição para um segundo mandato de Trump". Apesar da declaração do chefe da diplomacia norte-americana, Biden já recebeu telefonemas e mensagens de diversas lideranças mundiais, exceto dos presidentes Bolsonaro (Brasil), Vladimir Putin (Rússia) e Xi Jinping (China).
A fonte falou sob condição de anonimato para descrever o planejamento interno. A decisão da administração federal de prosseguir com o orçamento de Trump para o ano fiscal de 2022 irritou e surpreendeu vários funcionários de carreira, segundo o Washington Post. "Eles estão fingindo que nada aconteceu", afirmou ao jornal, sob condição de anonimato, um funcionário do escritório de orçamento da Casa Branca. "Todos nós devemos fingir que isso é normal e fazer todo esse trabalho, mesmo sabendo que vamos ter que jogá-lo fora".
Questionado pelo Washington Post se o planejamento do orçamento fiscal de 2022 estava ocorrendo conforme planejado, um porta-voz do departamento da Casa Branca disse: "claro".

Biden ignora resistência de Trump em aceitar derrota

Presidente eleito dos EUA minimizou a resistência do Partido Republicano em iniciar o processo de transição

Presidente eleito dos EUA minimizou a resistência do Partido Republicano em iniciar o processo de transição


JIM WATSON/AFP/JC
Apesar da resistência do governo Trump em aceitar a derrota, Biden afirmou na terça-feira (10) que já começou a transição. O presidente eleito dos EUA minimizou a resistência do Partido Republicano em iniciar o processo e disse que isso não tem muita importância. "O fato de que eles não querem reconhecer nossa vitória neste ponto não é algo que traga muita consequência ao nosso planejamento", disse Biden.
Na segunda-feira (9), a equipe de transição anunciou o conselho consultivo para medidas de combate à pandemia. Entre os membros está a brasileira Luciana Borio, pesquisadora sênior de saúde global do Conselho de Relações Exteriores dos EUA. Na campanha, Biden prometeu uma estratégia completamente diferente da adotada por Trump contra a Covid-19. Essa era uma das principais promessas do democrata.