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Internacional

- Publicada em 03 de Novembro de 2020 às 19:27

Eleições EUA: Com 100,3 milhões de votos antecipados, institutos de pesquisa mudam condução da boca de urna

Números de eleitores que votou é recorde na história dos EUA, país em que o voto não é obrigatório

Números de eleitores que votou é recorde na história dos EUA, país em que o voto não é obrigatório


ETHAN MILLER/GETTY IMAGES/AFP/JC
Os eleitores norte-americanos compareceram às urnas nesta terça-feira (3) para dar números finais às eleições dos Estados Unidos. Números finais porque 100,3 milhões dos 230 milhões de eleitores aptos a votar o fizeram antecipadamente por correio ou em locais pré-definidos, atendendo ao esforço das autoridades para evitar aglomerações durante a pandemia de Covid-19. O republicano e atual presidente Donald Trump busca a reeleição, enquanto o democrata e ex-vice de Barack Obama, Joe Biden, luta para chegar à Casa Branca pela primeira vez.
Os eleitores norte-americanos compareceram às urnas nesta terça-feira (3) para dar números finais às eleições dos Estados Unidos. Números finais porque 100,3 milhões dos 230 milhões de eleitores aptos a votar o fizeram antecipadamente por correio ou em locais pré-definidos, atendendo ao esforço das autoridades para evitar aglomerações durante a pandemia de Covid-19. O republicano e atual presidente Donald Trump busca a reeleição, enquanto o democrata e ex-vice de Barack Obama, Joe Biden, luta para chegar à Casa Branca pela primeira vez.
Os números são recorde na história dos Estados Unidos, país em que o voto não é obrigatório. E diante da enxurrada de votos antecipados, os institutos de pesquisa tiveram que modificar a maneira como conduzem a boca de urna no país.
Tradicionalmente esse tipo de levantamento é feito a partir apenas de entrevistas realizadas na saída das seções eleitorais. O problema é que com o recorde de votos antecipados, as pesquisas poderiam sair distorcidas se levassem em conta apenas quem votou presencialmente ontem.
De maneira geral, mais democratas votam de maneira antecipada, enquanto mais republicanos votam presencialmente, por exemplo. Ou seja, se o levantamento só levasse em conta os votos desta terça-feira, ele provavelmente mostraria um resultado para Trump melhor do que o real, enquanto apontaria números piores para Biden.
Para evitar isso, a principal empresa que faz esse tipo de levantamento nos EUA, a Edison Research - com sondagens para os canais de TV ABC News, CBS News, CNN e NBC News - anunciou que as pesquisas finais desse ano vão juntar entrevistas feitas presencialmente com quem votou nesta terça-feira com entrevistas feitas por telefone com pessoas que já votaram, de maneira a refletir melhor o eleitorado.
Isso, porém, aumenta a possibilidade de erros na amostra geral de entrevistas, o que deve deixar as pesquisas de boca de urna menos confiáveis. O site especializado FiveThirthyEight, por exemplo, já anunciou que não deve levar esses levantamentos em conta na hora de fazer as projeções desta noite.
A boca de urna também costuma servir para mostrar as características demográficas de quem de fato votou - apontando, por exemplo, qual foi o comparecimento entre grupos étnicos e por escolaridade. Assim, com a modificação no modo como essas pesquisas vão ser realizadas, não há garantias se esses dados vão ser confiáveis.
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