Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Internacional

- Publicada em 31 de Outubro de 2020 às 16:28

Padre ortodoxo é ferido a tiros em Lyon; governo francês divulga alerta

Segundo informações iniciais o agressor estava sozinho e fugiu após atingir o padre com dois tiros

Segundo informações iniciais o agressor estava sozinho e fugiu após atingir o padre com dois tiros


PHILIPPE DESMAZES/AFP PHOTO/JC
Um padre ortodoxo grego foi ferido a tiros quando fechava sua igreja, na cidade francesa de Lyon, por volta das 16h (horário local, 12h no Brasil), segundo a polícia local. O crime ocorre dois dias após um atentado terrorista que deixou três mortos, entre os quais uma brasileira, na Basílica de Notre-Dame, em Nice.
Um padre ortodoxo grego foi ferido a tiros quando fechava sua igreja, na cidade francesa de Lyon, por volta das 16h (horário local, 12h no Brasil), segundo a polícia local. O crime ocorre dois dias após um atentado terrorista que deixou três mortos, entre os quais uma brasileira, na Basílica de Notre-Dame, em Nice.
O governo francês, que havia aumentado o alerta antiterrorismo, divulgou um comunicado de "evento grave de segurança", mas não há informações sobre a motivação do ataque deste sábado (31).
Segundo jornalistas que cobrem o caso em Lyon, terceira maior cidade da França, o agressor estava sozinho, deu dois tiros com uma espingarda de cano serrado e fugiu. O padre foi levado ao hospital. De acordo com a imprensa local, ele foi atingido no abdômen, estava consciente ao ser socorrido, mas seu estado é grave.
O atirador foi descrito à emissora Franceinfo como "um indivíduo do tipo mediterrâneo, com cerca de 1,90, vestido com uma longa gabardina preta e usando um boné preto". O padre afirmou que não o conhecia, segundo a imprensa regional.
Se a agressão tiver motivos religiosos, será a quarta desse tipo na França em menos de dois meses. No ataque a faca na igreja de Nice, o agressor, um tunisiano de 21 anos recém-chegado à França, gritava "Alá é o maior" durante o atentado, segundo a polícia.
As outras duas ações estavam relacionadas a caricaturas de Maomé publicadas pelo jornal satírico Charlie Hebdo, alvo de ataques terroristas em 2011, 2013 e 2015, quando 12 pessoas foram mortas.
Em setembro, depois da retomada de um julgamento sobre o atentado de 2015, dois jornalistas foram feridos a faca perto da antiga sede da publicação, em Paris. Há duas semanas, um professor foi decapitado após mostrar caricaturas de Maomé numa aula sobre liberdade de expressão.
Após o ataque de Nice, o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou o aumento de 3.000 para 7.000 soldados na Operação Sentinela, a fim de proteger locais de culto e escolas.
Em entrevista ao canal de TV árabe Al-Jazeera divulgada neste sábado (31), o líder francês afirmou que entende que os desenhos possam chocar muçulmanos religiosos, mas que a violência não é justificável.
Macron afirmou também que é sua obrigação defender o direito de expressão na França, mas que suas declarações contra o que chamou de "separatismo islâmico" --a radicalização de jovens muçulmanos-- foram distorcidas e usadas politicamente para provocar conflitos.
O discurso do presidente defendendo o direito de publicar as charges, ainda que ofendam alguns grupos, provocou protestos em uma dezena de países de maioria muçulmana no Oriente Médio, no sul da Ásia e na África. Neste sábado, a família da ex-bailarina brasileira Simone Barreto Silva, 44, morta no ataque em Nice, promoveu um ato pela paz na cidade francesa.
Folhapress
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO