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Internacional

- Publicada em 20 de Outubro de 2020 às 21:30

Estudo do governo norte-americano aponta registro de 300 mil mortes a mais nos EUA em 2020

Maior aumento de mortes por coronavírus nos EUA aconteceu em adultos com idades entre 25 e 44 anos

Maior aumento de mortes por coronavírus nos EUA aconteceu em adultos com idades entre 25 e 44 anos


ANGELA WEISS/AFP/JC
Relatório do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) publicado nesta terça-feira (20) estima que, de 26 de janeiro a 3 de outubro de 2020, ocorreram 299.028 mortes a mais nos EUA do que a média de 2015 a 2019, considerando o mesmo intervalo de meses. Dessa cifra, segundo o órgão, dois terços dos óbitos teriam sido causados diretamente pela Covid-19.
Relatório do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês) publicado nesta terça-feira (20) estima que, de 26 de janeiro a 3 de outubro de 2020, ocorreram 299.028 mortes a mais nos EUA do que a média de 2015 a 2019, considerando o mesmo intervalo de meses. Dessa cifra, segundo o órgão, dois terços dos óbitos teriam sido causados diretamente pela Covid-19.
Os latinos registraram o maior crescimento no número de mortes neste ano, 53,6%. Asiáticos e negros vêm na sequência, com alta de 36,6% e 32,9%, respectivamente. Já indígenas tiveram crescimento de 28,9% no quesito. Entre brancos, o crescimento foi consideravelmente menor, de 11,9%.
"Esse acréscimo desproporcional é consistente com as disparidades observadas na letalidade da Covid-19", afirma o relatório. Antes, o CDC já havia publicado estudos mostrando como desigualdades sociais e econômicas e discriminação deixavam esses grupos em situação mais vulnerável frente ao coronavírus.
O documento indica ainda que o maior aumento de mortes aconteceu em adultos com idades entre 25 e 44 anos (26,5%). Todas as outras faixas, mesmo dentro do grupo de maior risco, de idade superior a 60 anos, tiveram crescimento inferior a 21%. Entre menores de 25 anos, os óbitos caíram 2%.
A menos de duas semanas das eleições, as populações negra e latina dos EUA podem ter peso decisivo numa vitória do democrata Joe Biden. Mal avaliado na gestão da pandemia, o presidente norte-americano, Donald Trump, pode ver os dois grupos mobilizarem-se para ir às urnas.
Diante do coronavírus, Trump adotou postura negacionista. Mesmo após contrair a Covid-19 e ser internado durante três dias, disse à população para não temer a doença que já matou mais de 220 mil e infectou ao menos 8,2 milhões de pessoas no país, o mais afetado pelo vírus em todo o mundo e que pode estar diante de um terceiro pico de contaminações.
Segundo levantamento do Pew Research Center, 68% dos norte-americanos acham que o acesso à saúde é muito importante para a decisão de voto. Fica atrás apenas da economia (79%) e à frente de indicação para a Suprema Corte (64%), pandemia de Covid-19 (62%) e crimes violentos (59%).
Uma pesquisa do New York Times com o Siena College mostrou ainda como os efeitos da pandemia têm desgastado Trump em estados-chave, como a Flórida, que possui grande população de latinos.
Biden, por sua vez, usa máscara sempre que possível e critica incessantemente a atuação do republicano na crise, tentando transformar a eleição num referendo sobre o comportamento de Trump na pandemia.
O desafio de Biden, que conserva apoio entre negros, mas vem enfrentando dificuldades para atrair os latinos, é, principalmente, convencer os dois grupos a votar, já que o voto não é obrigatório nos EUA e a ausência desses eleitores foi um dos problemas que levaram à derrota de Hillary Clinton, em 2016.
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