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Suspensão da vacina de Oxford não é revés, diz ministro britânico
Imunizante, uma parceria com a Astrazeneca, estava em testes no Brasil
/PAUL ELLIS/AFP/JC
A interrupção dos ensaios clínicos da vacina contra a Covid-19 realizados pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca não é um retrocesso e não é a primeira vez que isso acontece, afirmou nesta quarta-feira (9) o ministro britânico da Saúde, Matt Hancock.
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A AstraZeneca divulgou um comunicado, na noite de terça-feira (8), para relatar a pausa nos testes depois que um voluntário no Reino Unido sofreu uma reação adversa grave. Essa vacina, considerada uma das mais avançadas no mundo, estava em fase final de estudos clínicos antes de receber autorização dos órgãos reguladores para prosseguir com a imunização da população.
Hancock admitiu que a interrupção é "obviamente um desafio. Mas, na verdade, não é a primeira vez que isso acontece com a vacina Oxford e é um processo normal em testes clínicos". De acordo com o ministro, os próximos passos dependerão do que os pesquisadores "encontrarem quando fizerem a investigação" do caso.
A AstraZeneca não divulgou informações sobre o estado de saúde do voluntário que adoeceu, mas a mídia destacou que sua recuperação é esperada.
No Brasil, a vacina de Oxford estava sendo testada em cerca de 5 mil pessoas. Participam ainda dos estudos os EUA e a África do Sul, além do Reino Unido, primeiro país a testar o produto. O estudo brasileiro, iniciado em junho, está sendo coordenado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Procurada, a instituição informou que os testes foram suspensos em todos os centros no mundo, inclusive no Brasil, e afirmou que a pausa segue os padrões de segurança preconizados no protocolo.