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Internacional

- Publicada em 28 de Agosto de 2020 às 16:04

Espanha aposta em aplicativo de rastreamento para evitar nova quarentena por Covid-19

O premiê espanhol, Pedro Sánchez, pediu na terça que todos baixem o aplicativo

O premiê espanhol, Pedro Sánchez, pediu na terça que todos baixem o aplicativo


JOSE MARIA CUADRADO JIMENEZ/LA MONCLOA/AFP PHOTO/JC
O governo da Espanha, um dos países mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus, vai utilizar um aplicativo chamado Radar Covid para combater a doença. O software utiliza o bluetooth de celulares para registrar eventuais contatos com pessoas que receberam diagnóstico de Covid-19, método conhecido como "contact tracing" - rastreamento de contato, em inglês.
O governo da Espanha, um dos países mais atingidos pela pandemia do novo coronavírus, vai utilizar um aplicativo chamado Radar Covid para combater a doença. O software utiliza o bluetooth de celulares para registrar eventuais contatos com pessoas que receberam diagnóstico de Covid-19, método conhecido como "contact tracing" - rastreamento de contato, em inglês.
O premiê espanhol, Pedro Sánchez, pediu, na terça-feira (25), que todos baixem o aplicativo, em funcionamento em seis das 17 regiões do país, e insistiu que as demais se incorporem ao sistema de rastreamento digital. "A tecnologia também pode salvar vidas, se for empregada para enfrentar um desafio como este."
O Brasil já utiliza o método. O aplicativo Coronavírus SUS, do Ministério da Saúde, oferece a função desde 31 de julho, utilizando tecnologia da Apple e do Google. Outros países europeus, como Alemanha e França, também utilizam aplicativos do tipo.
Já alguns descartaram a estratégia, como o Reino Unido, que inicialmente tentou desenvolver a própria tecnologia, mas não obteve sucesso. O país tentou então utilizar o software das gigantes americanas de tecnologia, mas recuou, afirmando ser ineficaz.
Na Espanha, o Radar Covid funciona por meio do bluetooth dos usuários, que deverá estar ativo. Quando o telefone de duas pessoas com o software estiverem a uma distância de dois metros por pelo menos 15 minutos, os aparelhos trocarão informações, que serão armazenadas por 14 dias.
Se uma pessoa receber um diagnóstico de coronavírus, receberá também do médico ou do próprio aplicativo um código numérico, que precisa ser voluntariamente digitado no sistema. Nesse caso, todas as pessoas que estiveram em contato com um infectado por Covid-19 receberão um alerta, sem que as identidades dos envolvidos sejam reveladas.
Segundo Sánchez, se 20% da população de 46 milhões de habitantes no país utilizar o aplicativo, o impacto do coronavírus será reduzido em até 30%. Um estudo da Universidade de Oxford, no Reino Unido, aponta que aplicativos de rastreamento de contato atingem sua eficácia máxima quando 60% da população os utilizam, mas que qualquer porcentagem já contribui para frear o avanço da doença.
O governo diz que a eficácia do Radar Covid foi atestada durante um período de testes nas ilhas Canárias. A tecnologia é a aposta do governo socialista para evitar uma nova quarentena na Espanha. O país passou cem dias em confinamento e começou a reabrir em 20 de junho. Desde julho, os casos voltaram a subir, e o governo hesita em reimpor restrições. A Espanha tem o segundo maior número de casos na Europa, atrás apenas da Rússia. São 450 mil contaminados e 28 mil mortes.
Um estudo publicado nesta quinta-feira (27) pelo Pew Research Center apontou que 54% dos espanhóis acha que seu país agiu bem no combate ao novo coronavírus.
Folhapress
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