A estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entrou na campanha eleitoral dos EUA. E foi pelas mãos do próprio presidente Donald Trump, que prometeu defendê-la dos "vândalos" que vêm decapitando os heróis da história norte-americana.
Na postagem patrocinada, a imagem do monumento era acompanhada pela frase: "Nós vamos proteger isso". O texto que vinha com uma foto do cartão postal carioca pedia ainda que eleitores de Trump assinassem uma lista contra a "extrema esquerda", que estaria por trás da destruição das estátuas pelo mundo, segundo o presidente.
De acordo com o jornal The Daily Beast, os anúncios da campanha de Trump foram postados nas páginas do presidente e também de seu vice, Mike Pence, no Facebook e no Instagram. "O presidente quer saber quem está ao lado dele contra a esquerda radical", diz a mensagem. Segundo o jornal, a foto parece ter sido retirada de algum banco de imagens gratuitas disponível na internet.
Segundo a imprensa, no entanto, ninguém sabe como o presidente poderia proteger o Cristo Redentor. "Ao contrário das estátuas que Trump e sua equipe prometeram proteger, o Cristo Redentor não está nos EUA", afirmou o Daily Beast. "Não está claro por que o presidente acredita que ele pode proteger um monumento em um país estrangeiro", escreveu o Business Insider.
Em um discurso recente, o presidente alertou que manifestantes radicais nos EUA estariam planejando atacar estátuas de Jesus - e prometeu impedir que isso acontecesse. No entanto, na ocasião, a menção ao Cristo parecia mais uma entre tantas hipérboles usadas por Trump.
No dia 23, na sua cruzada contra os destruidores de estátuas, Trump assinou uma ordem que autoriza a prisão por até 10 anos de qualquer um que "vandalize ou destrua" monumentos ou estátuas em terrenos que pertençam ao governo norte-americano.
Além de proteger estátuas, Trump resolveu defender também a bandeira dos Confederados - escravagistas do Sul dos EUA que declararam guerra aos unionistas do Norte, no século XIX. No domingo, ele postou uma série de tuítes criticando Bubba Wallace, único piloto negro da Nascar, categoria mais popular do automobilismo norte-americano, que baniu a bandeira confederada de suas corridas.