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Internacional

- Publicada em 06 de Julho de 2020 às 20:26

Trump coloca o Cristo Redentor na campanha pela presidência

A estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entrou na campanha eleitoral dos EUA. E foi pelas mãos do próprio presidente Donald Trump, que prometeu defendê-la dos

A estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entrou na campanha eleitoral dos EUA. E foi pelas mãos do próprio presidente Donald Trump, que prometeu defendê-la dos "vândalos" que vêm decapitando os heróis da história norte-americana. The Christ the Redeemer statue is seen illuminated to pay tribute to victims of the COVID-19 coronavirus disease in Rio de Janeiro, Brazil on July 01, 2020. - The novel coronavirus has killed at least 512,383 people since the outbreak emerged in China last December, according to a tally from official sources compiled by AFP at 1900 GMT on Wednesday. (Photo by MAURO PIMENTEL / AFP)


MAURO PIMENTEL/AFP
A estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entrou na campanha eleitoral dos EUA. E foi pelas mãos do próprio presidente Donald Trump, que prometeu defendê-la dos "vândalos" que vêm decapitando os heróis da história norte-americana.
A estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, entrou na campanha eleitoral dos EUA. E foi pelas mãos do próprio presidente Donald Trump, que prometeu defendê-la dos "vândalos" que vêm decapitando os heróis da história norte-americana.
Durante os protestos contra a morte de George Floyd, os manifestantes incluíram no roteiro da insatisfação ataques a estátuas de figuras históricas apontadas como racistas. Nesse meio tempo, monumentos de generais confederados da Guerra Civil dos EUA e até de Cristóvão Colombo sofreram atos de vandalismo.
Pressionado pelas pesquisas, que apontam o democrata Joe Biden na liderança da corrida presidencial, Trump resolveu reagir. Há algumas semanas, ele vem atacando os "vândalos" que querem "apagar a história dos EUA". Mas, na sexta-feira (3), sua campanha cruzou fronteiras e divulgou banners em redes sociais com a promessa de proteger o Cristo Redentor.
Na postagem patrocinada, a imagem do monumento era acompanhada pela frase: "Nós vamos proteger isso". O texto que vinha com uma foto do cartão postal carioca pedia ainda que eleitores de Trump assinassem uma lista contra a "extrema esquerda", que estaria por trás da destruição das estátuas pelo mundo, segundo o presidente.
De acordo com o jornal The Daily Beast, os anúncios da campanha de Trump foram postados nas páginas do presidente e também de seu vice, Mike Pence, no Facebook e no Instagram. "O presidente quer saber quem está ao lado dele contra a esquerda radical", diz a mensagem. Segundo o jornal, a foto parece ter sido retirada de algum banco de imagens gratuitas disponível na internet.
Segundo a imprensa, no entanto, ninguém sabe como o presidente poderia proteger o Cristo Redentor. "Ao contrário das estátuas que Trump e sua equipe prometeram proteger, o Cristo Redentor não está nos EUA", afirmou o Daily Beast. "Não está claro por que o presidente acredita que ele pode proteger um monumento em um país estrangeiro", escreveu o Business Insider.
Em um discurso recente, o presidente alertou que manifestantes radicais nos EUA estariam planejando atacar estátuas de Jesus - e prometeu impedir que isso acontecesse. No entanto, na ocasião, a menção ao Cristo parecia mais uma entre tantas hipérboles usadas por Trump.
No dia 23, na sua cruzada contra os destruidores de estátuas, Trump assinou uma ordem que autoriza a prisão por até 10 anos de qualquer um que "vandalize ou destrua" monumentos ou estátuas em terrenos que pertençam ao governo norte-americano.
No feriado do Dia da Independência, no sábado (4), o presidente anunciou a criação de um "jardim nacional" de estátuas de heróis, que incluiria esculturas de personagens importantes da história dos EUA, como os ex-presidentes George Washington, Thomas Jefferson e Abraham Lincoln, mas também de figuras conservadoras, como o juiz Antonin Scalia.
Além de proteger estátuas, Trump resolveu defender também a bandeira dos Confederados - escravagistas do Sul dos EUA que declararam guerra aos unionistas do Norte, no século XIX. No domingo, ele postou uma série de tuítes criticando Bubba Wallace, único piloto negro da Nascar, categoria mais popular do automobilismo norte-americano, que baniu a bandeira confederada de suas corridas.
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