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Internacional

- Publicada em 06 de Julho de 2020 às 16:24

Ex-secretário particular de Cristina Kirchner é encontrado morto na Argentina

Advogado Fabián Gutiérrez sofreu tortura, levou pancadas na cabeça, três facadas e morreu por asfixia

Advogado Fabián Gutiérrez sofreu tortura, levou pancadas na cabeça, três facadas e morreu por asfixia


Telam/AFP/JC
Um ex-secretário particular da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi encontrado morto no sábado (4), após mais de uma semana desaparecido. De acordo com as autoridades, o advogado Fabián Gutiérrez sofreu tortura, levou pancadas na cabeça, três facadas e morreu por asfixia.
Um ex-secretário particular da vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, foi encontrado morto no sábado (4), após mais de uma semana desaparecido. De acordo com as autoridades, o advogado Fabián Gutiérrez sofreu tortura, levou pancadas na cabeça, três facadas e morreu por asfixia.
O corpo do advogado, que tinha 46 anos, foi encontrado em uma casa na cidade de El Calafate, na província argentina de Santa Cruz, onde Cristina e seu marido, o ex-presidente Néstor Kirchner, possuem propriedades e uma rede de hotéis.
De acordo com Gabriel Giordano, advogado da família de Gutiérrez, o ex-secretário dos Kirchner estava sendo vítima de extorsão - Giordano não revelou quem estaria ameaçando Gutiérrez. A polícia de Santa Cruz investiga as causas do crime e trabalha com hipóteses de crime político ou passional.
Giordano disse que apresentou à polícia "evidências concretas da extorsão" e que a família pedia que o crime não fosse explorado de modo sensacionalista. O assassinato, porém, teve grande repercussão na imprensa local, uma vez que a vítima tinha conexão particular com Cristina. A escolha da promotora que investiga o caso, Natalia Mercado, também gerou polêmica, uma vez que ela é sobrinha da vice-presidente.
Por meio de um comunicado, a Casa Rosada, sede da presidência argentina, disse que a morte de Gutiérrez é "um assunto policial".
No domingo (5), quatro suspeitos de terem matado Gutiérrez foram detidos pela polícia: os irmãos Facundo e Santiago Zaeta, Facundo Gómez Chávez e Pedro Monzón.
A investigação da Justiça argentina se baseia em anotações feitas em cadernos escolares pelo motorista Oscar Centeno, ex-funcionário do Ministério de Planejamento, durante os mandatos de Néstor e Cristina Kirchner, de 2003 a 2015.
Os registros revelam, segundo os investigadores, onde, quando e para quem foram entregues pacotes de dinheiro como suborno para concessão de obras públicas orçadas em mais de US$ 160 milhões (R$ 850 milhões).
De acordo com as anotações nos "cadernos da corrupção", o esquema criminoso envolvia o casal Kirchner, ministros e dezenas de empresários. Durante a investigação, Gutiérrez foi acusado de enriquecimento ilícito. Ele aceitou colaborar com a Justiça em um regime de "delação premiada" e depôs contra o casal de ex-presidentes.
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