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Internacional

- Publicada em 30 de Junho de 2020 às 16:30

Família real belga fala pela primeira vem em arrependimento por colonização no Congo

Protestos contra permanência de estátuas de Leopoldo II têm crescido

Protestos contra permanência de estátuas de Leopoldo II têm crescido


JOHN THYS/AFP/JC
A família real da Bélgica expressou pela primeira vez arrependimento pela violência cometida contra a população do que é atualmente a República Democrática do Congo durante a exploração colonial do país africano, que nesta terça-feira (30), comemora 60 anos de independência.
A família real da Bélgica expressou pela primeira vez arrependimento pela violência cometida contra a população do que é atualmente a República Democrática do Congo durante a exploração colonial do país africano, que nesta terça-feira (30), comemora 60 anos de independência.
Em carta enviada ao presidente congolês, Félix Antoine Tshisekedi Tshilombo, o rei Phillipe mencionou "atos de violência e crueldade, que ainda pesam em nossa memória coletiva". "O período colonial causou sofrimento e humilhação. Gostaria de expressar meus mais profundos arrependimentos por essas feridas do passado, cuja dor agora é revivida pela discriminação ainda presente em nossas sociedades", acrescenta.
Ele não citou o nome de seu tio-bisavô Leopoldo II, tido como responsável pela morte de cerca de 10 milhões de habitantes, mas menciona o Estado Livre do Congo, território que foi propriedade privada do monarca de 1885 a 1908, e o período de 1909 a 1960, em que a região se manteve colônia da Bélgica. Segundo historiadores, cerca de 10 milhões de africanos morreram durante o reinado de Leopoldo II.
Nas últimas semanas, cresceram os protestos, que já existem há anos, contra a permanência de estátuas de Leopoldo II nas cidades. Várias delas foram danificadas ou derrubadas durante manifestações que ocorreram após a morte do norte-americano George Floyd nos EUA; em Bruxelas, uma comissão estuda a retirada definitiva de homenagens ao rei colonialista.
Embora o rei Phillipe fale em arrependimento, analistas belgas ressaltaram que não se trata de um pedido formal de desculpas, algo que caberia ao governo, hoje liderado pela primeira-ministra Sophie Wilmès.
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