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Alemanha

- Publicada em 04 de Junho de 2020 às 15:50

Promotoria alemã acredita que Madeleine McCann está morta

Gerry e Kate McCann chegaram a ser investigados pelo desaparecimento da menina, em 2007

Gerry e Kate McCann chegaram a ser investigados pelo desaparecimento da menina, em 2007


AFP PHOTO/JC
Autoridades alemãs consideram que a menina Madeleine McCann, que desapareceu em Portugal quando tinha três anos de idade, em 3 de maio de 2007, está morta.
Autoridades alemãs consideram que a menina Madeleine McCann, que desapareceu em Portugal quando tinha três anos de idade, em 3 de maio de 2007, está morta.
"O gabinete do promotor público está investigando um cidadão alemão de 43 anos por suspeita de assassinato. Com isso, você pode ver que assumimos que a garota está morta", disse a jornalistas, nesta quinta-feira (4), Hans Christian Wolters, porta-voz da promotoria da região de Braunschweig, na Alemanha.
A polícia britânica, porém, que trabalha com a alemã e a portuguesa no caso, disse não ter "evidências definitivas" de que ela tenha morrido e continua investigando seu "desaparecimento".
Identificado pela imprensa alemã como Christian B., o suspeito está preso em Kiel, no Norte do país, após ter sido condenado a sete anos de prisão, no final de 2019, pelo estupro em 2005 de uma norte-americana de 72 anos na praia da Luz, a mesma em que Madeleine desapareceu. Segundo veículos alemães, ele recorre dessa condenação.
Christian B. viveu na região do Algarve de 1995 e 2007, segundo o Serviço Federal de Polícia Criminal da Alemanha (BKA), e morou em uma casa a cerca de 3 quilômetros da praia da Luz durante alguns anos. Ele estava lá no período em que Madeleine desapareceu do apartamento em que a família passava as férias, no condomínio Ocean Club. A polícia afirma que o suspeito trabalhou no setor turístico e teria sido investigado por roubos em complexos hoteleiros e tráfico de drogas.
O jornal alemão Bild, que chegou a publicar uma foto do suspeito, diz que ele também já foi processado por pornografia infantil e abuso sexual de crianças e teria falado sobre Madeleine em um site de bate-papo. O jornal o descreve como branco, de cabelos loiros e curtos, com 1,80 metro e magro.
A polícia alemã, no entanto, diz que não tem provas para condenar Christian B. pela morte de Madeleine e lançou um pedido de informações, junto com fotos de uma casa e dois carros que seriam ligados ao suspeito - um deles, um Jaguar, foi transferido para o nome de outra pessoa no dia seguinte ao do desaparecimento da menina.
Também foram divulgados o número do telefone que o suspeito usava na noite em que Madeleine desapareceu e o de uma pessoa que falou com ele entre as 19h32min e as 20h02min. A menina teria sido levada entre as 21h10min e as 22h. Autoridades policiais dos três países oferecem uma recompensa de 20 mil libras (cerca de R$ 120 mil) para quem tiver informações que levem à condenação do suspeito.
O mistério do desaparecimento de Madeleine já provocou caçadas policiais em parte da Europa e, segundo o jornal britânico The Guardian, o esforço mais recente custou mais de 11 milhões de libras (mais de R$ 66 milhões) à polícia do país desde 2011.

Pais consideram anúncio de um suspeito "potencialmente muito significativo"


Os próprios pais, que na época disseram estar jantando com amigos em um restaurante próximo, chegaram a ser tratados como suspeitos, mas a investigação passou a considerar que a menina havia sido sequestrada.
Antes da declaração da Promotoria alemã de que considerava Madeleine morta, Clarence Mitchell, porta-voz da família McCann, disse que os pais da menina, Kate e Gerry, consideravam o anúncio de um suspeito "potencialmente muito significativo".
Segundo o porta-voz, que representa a família desde o desaparecimento da menina, a polícia nunca havia sido "tão específica" sobre um suspeito. "De todas as milhares de pistas e possíveis suspeitos mencionados no passado, nunca houve algo tão claro quanto o de não apenas uma, mas três forças policiais", afirmou no telejornal matutino "BBC Breakfast", da TV britânica.
A outro telejornal da rede britânica um policial que participou da investigação inicial, Jim Gamble, também afirmou que era a primeira vez em 13 anos em que "ousava ter esperança".