A popularidade do presidente dos EUA, Donald Trump, chegou ao nível mais baixo desde 17 de novembro de 2019 - antes da chegada da pandemia de coronavírus ao país. De acordo com o site Real Clear Politics, que calcula a média diárias de pesquisas de opinião, o índice de aprovação do presidente, na segunda-feira (25), estava em 43,9%. A rejeição ao governo ficou em 53,9%.
O pior momento vivido pelo presidente, segundo o site, foi no dia 13 de dezembro de 2017, quando ele registrou 58% de rejeição e apenas 37% de aprovação. Com aparições diárias na Casa Branca para falar sobre o combate ao vírus, Trump alcançou seus melhorares números. Em 27 de março, tinha 47,3% de aprovação, bem perto dos 49,3% de rejeição. Foi seu melhor momento desde a posse, em janeiro de 2017.
No entanto, a imagem do presidente acabou se desgastando com as aparições diárias. Algumas, foram desastrosas. Em 24 de abril, por exemplo, Trump sugeriu injetar alvejantes no corpo para combater o vírus.
A queda de popularidade se reflete também nas pesquisas nacionais entre ele e o democrata Joe Biden, adversários na eleição presidencial de novembro. Na segunda-feira, a Fox News, emissora preferida do conservadorismo norte-americano, divulgou uma pesquisa que mostrava Biden com vantagem de oitos pontos porcentuais: 48% a 40%.
Nesta terça-feira (26), Trump, voltou a responsabilizar a China por não ter contido o coronavírus no início do surto. O comentário foi feito em publicação no Twitter com ataque a adversários políticos, entre eles a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi.
O republicano caracterizou sua resposta à pandemia como "rápida" e disse que tomou as "decisões certas". "Se eu não tivesse feito meu trabalho bem, e cedo, teríamos perdido de 1,5 milhão a 2 milhões de pessoas, em oposição aos mais de 100 mil que parece ser o número (final)", destacou.
Trump acrescentou ainda que fechou as fronteiras para viajantes chineses "muito cedo". "Uma pessoa perdida por esse vírus invisível é demais, (o vírus) deveria ter sido interrompido em sua origem, China", afirmou.