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Internacional

- Publicada em 12 de Abril de 2020 às 20:47

Boris Johnson agradece enfermeiros imigrantes que o trataram em hospital

Segundo o premiê, o cuidado dos dois foi a razão pela qual seu corpo recebeu a quantidade certa de oxigênio no momento mais decisivo

Segundo o premiê, o cuidado dos dois foi a razão pela qual seu corpo recebeu a quantidade certa de oxigênio no momento mais decisivo


PIPPA FOWLES/AFP/JC
O discurso do premiê britânico, Boris Johnson, ao deixar o hospital, neste domingo (12), depois de uma semana internado com Covid-19 mostra a importância da imigração para o sistema de saúde britânico. Os dois enfermeiros que, "a cada segundo da noite, estavam assistindo, pensando e cuidando" de Boris são estrangeiros: Jenny, de Invercargill, na Nova Zelândia, e Luis, da região do Porto, em Portugal.
O discurso do premiê britânico, Boris Johnson, ao deixar o hospital, neste domingo (12), depois de uma semana internado com Covid-19 mostra a importância da imigração para o sistema de saúde britânico. Os dois enfermeiros que, "a cada segundo da noite, estavam assistindo, pensando e cuidando" de Boris são estrangeiros: Jenny, de Invercargill, na Nova Zelândia, e Luis, da região do Porto, em Portugal.
Segundo o premiê, o cuidado dos dois foi a razão pela qual seu corpo recebeu a quantidade certa de oxigênio no momento mais decisivo, "quando a situação poderia ter ido para qualquer lado". Jenny e Luis são parte dos 13% dos funcionários do sistema público de saúde britânico (NHS) que vieram de outro país: um a cada oito é imigrante. Em Londres, a parcela é ainda maior: chega perto de 20%.
Em todo o país, são cerca de 153 mil pessoas de fora do Reino Unido. Índia, com 21 mil, e Filipinas, com 18,5 mil, são os principais países de origem, mas há imigrantes de 102 nacionalidades. Os brasileiros que atuam no NHS são 423.
A necessidade de receber imigrantes para atuar não só em hospitais, mas também no cuidado de idosos foi um dos principais temas da campanha do Brexit. Os opositores da saída da União Europeia argumentavam que isso deixaria ainda mais vulnerável o serviço de saúde pública britânico, no qual já faltam 43 mil enfermeiros, segundo números de 2019.
No quadro de funcionários, 9,5% dos médicos e 6,4% dos enfermeiros são cidadãos de países da UE. Johnson, líder da campanha do Brexit, prometeu à época que facilitaria a entrada de estrangeiros para trabalhar em profissões críticas, como as da área de saúde.
A dependência de imigrantes para manter o atendimento médico funcionando não é exclusividade britânica. Em todo o mundo, países desenvolvidos dependem do trabalho estrangeiro para preencher suas vagas de saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Japão, que estima falta de 270 mil enfermeiros em cinco anos, abriu um novo programa de vistos para atrair 60 mil profissionais da área, e a Alemanha também não tem enfermeiros no país para ocupar as 36 mil vagas abertas no momento. Em 2030, a estimativa é que faltem 500 mil profissionais no serviço de saúde alemão.
Na Suécia, 34% de todos os médicos e 12% dos enfermeiros são imigrantes, segundo dados de março de 2020. A profissão de auxiliar de enfermagem ou cuidador, a mais comum no país, tem um quarto (26%) de seus profissionais nascidos no exterior. São mais de 48 mil imigrantes que trabalham como auxiliares ou cuidadores na Suécia, a maioria asiáticos.
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