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Internacional

- Publicada em 13 de Fevereiro de 2020 às 19:37

Pais poderão ter direito de vetar aulas de sexo e religião

Se os pais podem vetar o que seus filhos assistem na TV apenas digitando uma senha, por que não podem decidir o que eles aprendem na escola?, perguntam políticos de direita na Espanha.
Se os pais podem vetar o que seus filhos assistem na TV apenas digitando uma senha, por que não podem decidir o que eles aprendem na escola?, perguntam políticos de direita na Espanha.
A questão foi se infiltrando aos poucos no debate público espanhol. Começou com grupos conservadores e ganhou tração ao ser abraçada pelo Vox, partido de ultradireita que se tornou o terceiro maior da Espanha nas eleições de 2019. A proposta foi uma de suas bandeiras de campanha e agora também é disputada pelo PP, a maior legenda de direita do país.
O partido defende dar aos pais o direito de vetar a presença dos filhos em atividades escolares de qualquer tema do qual a família discorde da abordagem, sem que suas notas possam ser prejudicadas. A ideia foi apelidada de "Pin Parental", nome da ferramenta de bloqueio de programas na TV paga na Espanha.
O primeiro alvo da medida são aulas e conversas nas escolas sobre educação sexual. O Vox acusa os professores de tentar doutrinar os alunos e, assim, ameaçar o modelo de família tradicional. "Estão circulando mensagens e vídeos falsos por WhatsApp, que acusam os professores de mostrar pornografia nas aulas. São fake news", diz Carmen Fernández Morante, decana da Faculdade de Educação da Universidade de Santiago de Compostela.
Se for implantado de modo completo, o "Pin Parental" abre caminho para que um estudante possa se graduar sem ter aulas sobre o formato da Terra, a evolução das espécies, o islamismo, a importância das vacinas, a diversidade sexual e a história do comunismo, por exemplo.
Fortalecido pelas urnas, o Vox passou a negociar seu apoio nos governos locais em troca da adoção da ideia. A legenda conseguiu em agosto uma implantação parcial na região de Múrcia, no Sul do país, para atividades complementares. Em janeiro, nova vitória: a medida foi mantida em troca de apoio na votação do Orçamento local.
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