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Internacional

- Publicada em 06 de Dezembro de 2019 às 12:38

A seis dias da eleição, Boris Johnson é cobrado na TV por 'fugir de entrevista'

Líder conservador foi desafiado na noite dessa quinta por jornalista da BBC

Líder conservador foi desafiado na noite dessa quinta por jornalista da BBC


BEN STANSALL/AFP/JC
A seis dias das eleições no Reino Unido, cresce a pressão sobre o primeiro-ministro Boris Johnson, cujo Partido Conservador lidera as pesquisas de intenção de voto com até 11 pontos percentuais.
A seis dias das eleições no Reino Unido, cresce a pressão sobre o primeiro-ministro Boris Johnson, cujo Partido Conservador lidera as pesquisas de intenção de voto com até 11 pontos percentuais.
O líder conservador foi desafiado na noite desta quinta (5) pelo jornalista da BBC Andrew Neil a cumprir a promessa de dar uma entrevista ao vivo. "É uma questão de confiança", afirmou o apresentador em mensagem na TV dirigida diretamente a Boris.
Neil, conhecido por ser duro nos questionamentos, já entrevistou os líderes dos outros partidos e foi criticado pelo trabalhista Jeremy Corbyn por não cumprir o acordo de levar todos os concorrentes à TV.
"Você acredita em Johnson?" tem sido um dos motes dos opositores do primeiro-ministro, que em outubro voltou atrás da promessa de fazer o brexit "a qualquer custo" e negociou um adiamento para janeiro do próximo ano.
Na manhã desta sexta (6), Boris recebeu nova acusação de estar mentindo, desta vez sobre seu acordo para o brexit. Corbyn apresentou em uma entrevista coletiva o que disse ser um documento secreto do Tesouro britânico que afirma que haverá barreiras de alfândega entre a Irlanda do Norte e a Grã-Bretanha. Boris negou essa possibilidade. Segundo o Partido Conservador, a acusação de Corbyn é "teoria da conspiração".
Mas as más noticias desta manhã vieram também de seus próprios correligionários.
O ex-primeiro-ministro John Major, um dos políticos conservadores de mais prestígio no país, anunciou apoio a três ex-ministros -David Gauke, Dominic Grieve e Anne Milton-que concorrem contra candidatos de Boris Johnson nas eleições.
Em vídeo, ele chamou o brexit de "a pior decisão de política externa que já vi na vida" e afirmou que a saída da União Europeia deixará o Reino Unido mais pobre e mais fraco, além de prejudicar principalmente os mais pobres.
Com o nome de "Avalanche para parar o brexit", um protesto nesta tarde em Londres tenta aumentar a mobilização dos que querem que o Reino Unido permaneça na Europa.
"Temos poucos dias para parar Boris Johnson e nos recusamos a ficar sentados esperando", diz a convocatória do evento, que terá discurso, entre outros, do ex-primeiro-ministro trabalhista Tony Blair.
Tradicionalmente simpáticos aos conservadores, mas contrários ao brexit, veículos importantes como a revista The Economist e o jornal Financial Times (FT) divulgaram na noite de quinta editoriais em que se recusam a apoiar tanto Boris quanto Corbyn. A Economist declarou apoio ao partido Liberal Democrata, enquanto o FT afirmou que não há uma opção aceitável nesta eleição.
Folhapress
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