Benny Gantz, principal rival do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, não conseguiu formar um novo governo dentro do prazo estabelecido, o que aprofunda a crise política no país e aproxima Israel de uma terceira eleição em menos de um ano.
O partido Azul e Branco, de Gantz, fez o anúncio ontem, antes mesmo do fim do prazo de meia-noite dado pelo presidente de Israel, Reuven Rivlin, para a construção de uma coalizão. Antes da tentativa do líder centrista, Netanyahu também havia fracassado na missão.
Para o atual premiê, não garantir um quinto mandato - ou alternar o comando de Israel com Gantz, em uma proposta de aliança nacional - pode aumentar sua vulnerabilidade a possíveis acusações de corrupção, o que ele nega.
No anúncio em que admitiu o fracasso na tentativa de formar governo, Gantz, um ex-chefe das Forças Armadas sob o comando de Netanyahu, procurou atribuir ao premiê a responsabilidade pela crise no país. "O povo de Israel precisa de uma liderança de visão e não de imunidade", disse o centrista, aludindo aos esforços do partido Likud, de Netanyahu, para aprovar leis que possam protegê-lo das acusações.
A partir de hoje, passa a contar um prazo de 21 dias em que os legisladores israelenses poderão nomear qualquer legislador, sujeito ao acordo de pelo menos 61 dos 120 membros do Knesset, o Parlamento local, e à autorização formal do presidente para tentar estabelecer uma aliança. O fracasso de mais uma tentativa desencadeará uma nova eleição dentro de 90 dias.