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Internacional

- Publicada em 21 de Outubro de 2019 às 03:00

Pesquisas indicam disputa aberta pela presidência da Bolívia

No cargo desde 2006, Evo Morales é o presidente mais longevo do continente

No cargo desde 2006, Evo Morales é o presidente mais longevo do continente


AIZAR RALDES/AFP/JC
O líder mais longevo da América do Sul buscou ontem um inédito quarto mandato no comando da Bolívia. No entanto, pesquisas sugerem que o presidente Evo Morales enfrentou a eleição presidencial mais apertada de sua carreira.
O líder mais longevo da América do Sul buscou ontem um inédito quarto mandato no comando da Bolívia. No entanto, pesquisas sugerem que o presidente Evo Morales enfrentou a eleição presidencial mais apertada de sua carreira.
O líder esquerdista de 59 anos é favorito para ser o mais votado no primeiro turno, mas deve ter de enfrentar um segundo turno em dezembro no qual pode ficar vulnerável a uma oposição unida. A votação teve início às 9h e se encerrou ás 17h (horário de Brasília). A tendência é de que o resultado oficial deva sair durante esta segunda-feira. A Bolívia não usa sistema eletrônico de votação.
As pesquisas na Bolívia são pouco confiáveis, pois os institutos têm dificuldades de ir até certas regiões afastadas do país para coletar os dados. Levantamento, da Ipsos, divulgado no último fim de semana, apontam vitória de Evo com 40% dos votos - seguido por Mesa, com 22%.
Outros institutos, porém, como o Ciesmori, mostram 36,2% para Evo contra 26,9% de Mesa. Se o resultado se confirmar, haverá segundo turno em 15 de dezembro e uma batalha pelos eleitores do terceiro colocado, o senador direitista Óscar Ortiz, que tem 7,9% das intenções de voto.
Segundo a lei eleitoral boliviana, para ganhar em primeiro turno o candidato precisa obter 50% mais um voto, ou 40%, desde que com diferença de dez pontos percentuais para o segundo colocado. Outro fator de incerteza é o fato de que todas as pesquisas mostram um alto índice de indecisos, entre 20% a 30%.
Morales assumiu o poder em 2006 como o primeiro presidente indígena do país. Ele se aliou a um bloco de líderes de esquerda na América Latina e usou receitas do gás natural e dos minerais do país para redistribuir riqueza e retirar milhões da pobreza no país mais pobre da região. A economia cresceu em média cerca de 4,5% ano, mais do que a média regional.
Mas o presidente também enfrenta crescente insatisfação, até mesmo entre seus apoiadores indígenas. Alguns se frustraram por escândalos de corrupção ligados ao seu governo - embora não ao próprio Morales - e outros, por sua recusa a aceitar um referendo sobre a limitação de mandatos presidenciais. Bolivianos votaram por manter o limite de mandatos em 2016, mas a principal corte do país - vista por críticos como próxima ao presidente - decidiu que os limites violariam os direitos políticos de Morales como cidadão.
O principal rival de Morales é o ex-presidente Carlos Mesa, um jornalista e historiador de 66 anos que, como vice-presidente, chegou ao cargo mais alto da nação quando seu antecessor renunciou em 2003 após protestos. Ele deixou a presidência em 2005 em meio a novas manifestações lideradas por Morales, que era líder dos produtores de cacau do país.
Bolivianos também votaram para eleger todos os 166 assentos do Congresso. Pesquisas projetam que nenhum partido terá maioria no Congresso, o que pode levar a um impasse para o próximo governo.
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