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Internacional

- Publicada em 26 de Setembro de 2019 às 09:02

Jacques Chirac, ex-presidente da França, morre aos 86 anos

Chirac presidiu o país entre 1995 e 2007 e, antes disso, foi prefeito de Paris e primeiro-ministro

Chirac presidiu o país entre 1995 e 2007 e, antes disso, foi prefeito de Paris e primeiro-ministro


PATRICK KOVARIK/AFP/JC
Morreu nesta quinta-feira (26) o ex-presidente francês Jacques Chirac aos 86 anos. A família não revelou a causa da morte. "Ele faleceu ao lado de seus entes queridos e em paz", disse seu genro, Frederic Salat-Baroux. Chirac presidiu a França entre 1995 e 2007 e, antes disso, foi prefeito de Paris e primeiro-ministro.
Morreu nesta quinta-feira (26) o ex-presidente francês Jacques Chirac aos 86 anos. A família não revelou a causa da morte. "Ele faleceu ao lado de seus entes queridos e em paz", disse seu genro, Frederic Salat-Baroux. Chirac presidiu a França entre 1995 e 2007 e, antes disso, foi prefeito de Paris e primeiro-ministro.
Ele foi o mais competente “animal político” da França das últimas décadas. Respirava negociações ou formulações de diretrizes durante as 24 horas do dia. Demonstrava uma energia obsessiva.
Mas não teve, como presidente da França, a mesma estatura de estadista de dois de seus mais conhecidos predecessores: o liberal Charles De Gaulle, que pôs fim à Guerra da Argélia, e o socialista François Mitterrand, arquiteto de uma União Europeia aprofundada pelo Tratado de Maastricht.
Ele exerceu dois mandatos presidenciais, de 1995 a 2007. Foi por duas vezes primeiro-ministro e, durante 18 anos, prefeito de Paris (a lei francesa permite a acumulação de cargos). Num país politicamente polarizado desde o final do século 18, Chirac foi, por fim, um bom síndico das ambições da direita francesa.
O curioso é que seu legado como presidente foi construído por questões pouco ideológicas, quase consensuais. Foi o caso da abolição do serviço militar obrigatório –um recruta do século 21 não lida com a complexa tecnologia bélica– da queda em 40% das mortes no trânsito ou da construção, no Quai Branly, em Paris, de um belíssimo museu internacional de antropologia.
Prosseguiu com a reaproximação da França com a Otan (aliança militar ocidental), engajando contingentes franceses em Kosovo (1999) e no Afeganistão (2001). Mas se opôs à invasão americana do Iraque (2003), sem provas concretas de que o ditador Saddam Hussein estava envolvido com o terrorismo ou tinha armas de destruição em massa.
No episódio, ao enfrentar o presidente americano George W. Bush e o premiê britânico Tony Blair, Chirac se agigantou internacionalmente e, por momentos, refletiu uma França unificada, sem a eterna fratura entre esquerda e direita.
Folhapress
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