O governo da Colômbia entrou ontem em alerta máximo em consequência dos exercícios militares que a Venezuela começará a realizar na fronteira entre os dois países hoje. O alerta foi anunciado pelo conselheiro de Direitos Humanos e Assuntos Internacionais da presidência, Francisco Barbosa.
Segundo Barbosa, a Colômbia não entrará na "histeria" do chavismo, que faz esse tipo de anúncio militar sempre que precisa ganhar apoio internamente. O conselheiro do presidente Iván Duque disse que o governo está monitorando com atenção o que ocorre na fronteira, mas frisou que seu país resolve os problemas que têm com os vizinhos com diplomacia e multilateralismo.
O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, determinou a realização dos exercícios militares na semana passada. Na ocasião, o líder chavista afirmou que mandaria instalar um sistema de mísseis na fronteira. Mais de 3 mil soldados foram enviados para a região, segundo o governo venezuelano.
Na madrugada desta terça-feira, Maduro voltou a acusar a Colômbia de espionagem sem apresentar provas. "Nos últimos três meses tentaram, a partir da inteligência do governo colombiano, cooptar suboficiais e oficiais venezuelanos para afetar nosso sistema de radares, sistema de defesa aérea e seus aviões, sistema de defesa antiaérea e o sistema de mísseis", afirmou. "Felizmente, os serviços de inteligência e o moral entre os nossos soldados pode deter e afastar estas pretensões de penetrar a capacidade de defesa da Venezuela", acrescentou.