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Internacional

- Publicada em 27 de Agosto de 2019 às 03:00

Estados Unidos e Irã devem se reunir em poucas semanas

Importante que os iranianos ajam como 'bons jogadores', destacou Trump

Importante que os iranianos ajam como 'bons jogadores', destacou Trump


NICHOLAS KAMM/AFP/JC
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem ser possível um encontro com o Irã nas próximas semanas para discutir a questão nuclear. "Acho que há uma grande chance de nos encontrarmos", disse ele em entrevista coletiva realizada durante o encerramento da reunião do G-7, em Biarritz, na França.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem ser possível um encontro com o Irã nas próximas semanas para discutir a questão nuclear. "Acho que há uma grande chance de nos encontrarmos", disse ele em entrevista coletiva realizada durante o encerramento da reunião do G-7, em Biarritz, na França.
Na abertura de seu breve discurso, Trump dedicou-se a agradecer a hospitalidade do presidente Emmanuel Macron ao sediar o evento e teceu elogios à primeira-dama francesa, Brigitte Macron. "Quero agradecer muito pelo trabalho do presidente Macron e de sua esposa, que é uma ótima mulher. Obrigado, Brigitte, você foi espetacular passando bastante tempo com Melania (Trump, sua esposa) e com o pessoal que veio."
Sobre a questão com o Irã, o presidente norte-americano ressalvou que é importante que os iranianos ajam como "bons jogadores" para que um acordo seja feito. "O Irã é um país com grande potencial. Não estamos pedindo por grandes mudanças em seu governo ou coisa do tipo. Queremos, apenas, que não haja mais armas nucleares. É muito simples."
As afirmações de Trump vieram como resposta à sugestão de Macron, de que o encontro ocorresse nas próximas semanas. O presidente francês, que participou da primeira parte da coletiva de encerramento, afirmou que a intermediação para um novo acordo nuclear com o Irã foi abordada pelos líderes do G-7. "Duas coisas são muito importantes para nós: o Irã nunca deve ter armas nucleares e essa situação nunca deve ameaçar a estabilidade regional", disse.
Atualmente, nenhuma das potências ocidentais está plenamente satisfeita com o acordo estabelecido há quatro anos, que não inclui medidas para conter o ímpeto expansionista do Irã - com braços no Iêmen, na Síria e no Líbano - nem cobre o programa de mísseis balísticos de Teerã. Há, porém, divergências em como "consertar" o pacto. Os europeus querem editar ou fazer adendos ao documento que já existe, enquanto Trump prefere descartá-lo integralmente e redigir outro texto.
No domingo, enquanto aconteciam as conversas do G-7, o chanceler do Irã, Mohammad Javaf Zarif, fez uma visita-surpresa a Biarritz. Na coletiva de ontem, foi perguntado a Macron se ele havia avisado Trump previamente sobre a presença iraniana ou se o norte-americano também foi pego de surpresa.
"Quando soube que nos visitaria, decidi convidar o ministro do Irã para participar de uma conversa como amigo. Então informei Trump que o encontro era ideia minha e que não queria envolver os Estados Unidos (em uma conversa de Estado), mas que participassem como amigos", disse.
Na manhã de ontem, Trump também falou sobre o seu desejo de que a Rússia seja readmitida no G-7 e garantiu não se importar com as consequências políticas de sua sugestão. "Muitas pessoas dizem que ter a Rússia, uma potência, dentro da sala é melhor do que tê-la fora", afirmou Trump. Segundo ele, outras pessoas dentro do G-7 partilham dessa mesma impressão.
 
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