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Internacional

- Publicada em 12 de Agosto de 2019 às 03:00

Rússia ordena que Google pare de promover manifestações "ilegais" no país

Manifestações foram  reprimidas e centenas de pessoas presas por todo o país

Manifestações foram reprimidas e centenas de pessoas presas por todo o país


VASILY MAXIMOV / AFP/JC
O Serviço Federal de Supervisão de Comunicações, Tecnologia da Informação e Mídia de Massa (Roscomnadzor) - órgão do governo russo responsável por supervisionar os meios de comunicação - ordenou ontem à Google que pare de fazer propaganda de "eventos populares ilegais" na plataforma YouTube.
O Serviço Federal de Supervisão de Comunicações, Tecnologia da Informação e Mídia de Massa (Roscomnadzor) - órgão do governo russo responsável por supervisionar os meios de comunicação - ordenou ontem à Google que pare de fazer propaganda de "eventos populares ilegais" na plataforma YouTube.
No sábado, centenas de pessoas participaram de protestos, considerados os maiores no país em oito anos, exigindo mais lisura e transparência nas eleições legislativas de Moscou, como também um processo eleitoral mais democrático. As manifestações foram altamente reprimidas e resultaram na prisão de centenas de pessoas por todo o país.
Em setembro do ano passado, 60 candidaturas independentes e de oposição para as eleições municipais russas foram excluídas. A interdição é a maior causa dos protestos, que até agora foram amplamente transmitidos, ao vivo, por canais do YouTube.
O Roscomnadzor é um órgão cuja atuação é marcada pela censura. O serviço federal afirma que entidades estão comprando ferramentas do YouTube, como disparos de notificações, para disseminar informações sobre os "protestos populares ilegais", que visam comprometer as eleições.
O órgão diz que o país consideraria uma falha da Google caso não atenda ao pedido, já que a "interferência" viola os princípios da soberania nacional e incita à hostilidade e à obstrução das eleições democráticas da Rússia. Caso a empresa não tome medidas para evitar a promoção desses eventos, a Rússia se reserva ao direito de "responder de acordo", declarou o Roscomnadzor, sem detalhar quais tipos de ações poderiam ser tomadas. O porta-voz da Google na Rússia não quis comentar a ordem.
Nos últimos cinco anos, a Rússia aprovou leis mais severas de regulamentação de plataformas de busca, exigindo que deletassem determinados resultados, pedindo aos serviços que compartilhem suas criptografias com serviços de segurança e, também, estipulando que as redes sociais devem guardar informações pessoais de usuários russos em servidores alocados no próprio país.
Não é a primeira vez que Moscou pressiona a Google, um dos maiores rivais da companhia russa de internet, Yandex. Em 2018, a Rússia multou a empresa em $ 500 mil rublos (R$ 30 mil reais) por não ter cumprido com a exigência da justiça de que retirasse determinados resultados da plataforma de busca.
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