Pelo menos 14 marinheiros morreram no incêndio em um submarino em águas territoriais da Rússia no Oceano Ártico, perto da base de Sveromorsk, informou ontem o Ministério da Defesa local. Segundo o governo russo, o submarino fazia um estudo sobre o fundo do oceano quando o acidente ocorreu, na segunda-feira. O presidente Vladimir Putin cancelou sua agenda e reuniu-se com o ministro da Defesa, Serguei Shoigu, após ter conhecimento do acidente.
A Autoridade de Radiação da Noruega disse não ter registrado nenhum indício de vazamento nuclear no Ártico depois do incêndio. "Fizemos checagens e não há registros de altos níveis de radiação na área", disse o diretor do órgão, Per Strand.
As chamas dominaram parte da embarcação durante a operação de coleta de dados no fundo do mar, de acordo com a Marinha russa. O incêndio foi controlado, e o submarino conseguiu retornar ao porto.
O Ministério da Defesa não deu detalhes sobre as causas da tragédia ou se há sobreviventes. Segundo a imprensa russa, trata-se do AS-12 Losharik, um submarino nuclear de elite, criado em 2010, capaz de operar em profundidades de até 6 mil metros. Especialistas dizem que, além do monitoramento do leito oceânico, o Losharik pode ter como missão tentar interferir em cabos oceânicos de transmissões de dados.