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Internacional

- Publicada em 31 de Maio de 2019 às 03:00

Aumenta pressão por impeachment de Trump

Apesar de não ter as provas necessárias, Mueller rejeita inocência do presidente

Apesar de não ter as provas necessárias, Mueller rejeita inocência do presidente


MANDEL NGAN/AFP/JC
O procurador especial Robert Mueller quebrou um silêncio de dois anos e falou sobre a investigação da influência russa na eleição norte-americana. Em declaração curta, ele rejeitou inocentar Donald Trump e afirmou que cabe ao Congresso - e não a ele - indiciar um presidente no exercício do mandato. As declarações aumentaram a pressão para que os democratas iniciem um processo de impeachment na Câmara.

O procurador especial Robert Mueller quebrou um silêncio de dois anos e falou sobre a investigação da influência russa na eleição norte-americana. Em declaração curta, ele rejeitou inocentar Donald Trump e afirmou que cabe ao Congresso - e não a ele - indiciar um presidente no exercício do mandato. As declarações aumentaram a pressão para que os democratas iniciem um processo de impeachment na Câmara.

"Como consta no relatório, depois da investigação, se nós tivéssemos tido a confiança de que o presidente não cometeu um crime, teríamos dito isso", afirmou Mueller. A declaração, que veio junto com o anúncio de que ele estava se demitindo do serviço público, jogou o tema no colo do Congresso e ressuscitou o tema do impeachment, que vinha perdendo força.

Os candidatos que pretendem disputar a eleição presidencial de 2020 contra Trump se mostraram a favor da abertura de um processo de impeachment, com diferença na intensidade das manifestações. Por enquanto, a resistência está nos líderes do Congresso.

A presidente da Câmara, a democrata Nancy Pelosi, tem acalmado os ânimos dentro do partido sobre o impeachment e terça-feira manteve o tom, em sintonia com o presidente da Comitê Judiciário, Jerry Nadler. Ambos defenderam que o Congresso vá fundo em investigações sobre Trump. "Cabe ao Congresso responder às mentiras, crimes e irregularidades do presidente", disse Nadler. Mas, sobre o impeachment, os dois democratas se limitaram a dizer que a opção não está descartada.

Nos últimos dois meses, a sombra da investigação de Mueller saiu da Casa Branca e passou a pairar sobre os democratas. Desde que o procurador especial concluiu a investigação, a oposição se vê diante de um impasse. De um lado, as conclusões são graves o bastante para que o eleitorado fiel aos democratas e crítico a Trump deixe a história para trás. De outro, líderes do partido entendem que deixar de debater temas locais para investir no impeachment pode levar a população à exaustão e, se o processo for malsucedido, os democratas sairão desgastados às vésperas da eleição.

A despeito de o procurador ter deixado claro que não inocentou o presidente, Trump voltou a repetir que não foram colhidas provas suficientes para incriminá-lo. "Nada muda em relação ao relatório de Mueller. Havia prova insuficiente, e, no nosso país, a pessoa é inocente. O caso está encerrado!", tuitou Trump.

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