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Internacional

- Publicada em 21 de Maio de 2019 às 03:00

Plano de paz de Trump começa a sair do papel

Genro de Trump, Jared Kushner encabeça decisões sobre Israel

Genro de Trump, Jared Kushner encabeça decisões sobre Israel


/SAUL LOEB/AFP/JC
Depois de mais de dois anos de estudo e deliberação, o plano de paz prometido por Donald Trump para acabar com o conflito entre israelenses e palestinos começou a ser esboçado no domingo, quando o presidente norte-americano e seu genro, Jared Kushner, anunciaram uma conferência econômica internacional, a "Paz para a Prosperidade", no Bahrein, nos dias 25 e 26 de junho, para "incentivar investimentos nas áreas palestinas".

Depois de mais de dois anos de estudo e deliberação, o plano de paz prometido por Donald Trump para acabar com o conflito entre israelenses e palestinos começou a ser esboçado no domingo, quando o presidente norte-americano e seu genro, Jared Kushner, anunciaram uma conferência econômica internacional, a "Paz para a Prosperidade", no Bahrein, nos dias 25 e 26 de junho, para "incentivar investimentos nas áreas palestinas".

O evento convocará governos, líderes empresariais e membros da sociedade civil do Oriente Médio para "compartilhar ideias, discutir estratégias e incentivar apoio para investimentos econômicos e iniciativas que poderiam ser possíveis mediante um acordo de paz", diz o comunicado.

Segundo o jornal The New York Times, que divulgou a notícia, este seria o primeiro passo do plano, que o presidente norte-americano chama de "acordo do século". A ideia seria garantir compromissos financeiros de países ricos do Golfo Pérsico, principalmente Arábia Saudita e Emirados Árabes, bem como doadores na Europa e na Ásia, para induzir os palestinos e seus aliados a fazerem concessões políticas para resolver o conflito de décadas com Israel.

As conversas de paz estão paradas desde 2014. O presidente palestino, Mahmoud Abbas, se negou a voltar à mesa de negociação enquanto Israel não cumprir várias condições, entre elas o fim do crescimento dos assentamentos nos territórios palestinos ocupados - medida improvável diante das promessas do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, de aumentar a expansão dos assentamentos.

Aaron David Miller, um ex-negociador de paz no Oriente Médio em governos republicanos e democratas, disse ao Times que a medida é "necessária, mas insuficiente". "Estão colocando o carro na frente dos bois. O que torna um plano atraente é o pacote completo. Como fica a situação de Jerusalém?", disse Miller. "Eles podem até adiar questões importantes, mas vão perder poder de barganha, e não ganhar."

O ministro das Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina, Riyad al-Maliki, afirmou que a proposta "não é um plano de paz, e sim as condições para uma rendição" da parte palestina.

Os palestinos afirmam que os EUA deixaram de ser uma parte neutra nas negociações desde que Trump assumiu e tomou uma série de medidas favoráveis ao governo de Netanyahu, reeleito em abril. Em 2018, inauguraram oficialmente sua embaixada em Israel na cidade de Jerusalém, em um dia marcado por protestos violentos na Faixa de Gaza. O reconhecimento de Jerusalém como capital foi um dos mais controvertidos anúncios de Trump, que ficou isolado na decisão de transferir a embaixada do país à cidade, também reivindicada como capital pelos palestinos.

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