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Internacional

- Publicada em 06 de Maio de 2019 às 03:00

Guaidó reconhece que oposição superestimou apoio de militares

O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, reconheceu que a oposição cometeu erros na tentativa de liderar um levante para depor o presidente Nicolás Maduro, na terça-feira passada. Em entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, o líder opositor, que se autoproclamou presidente interino do país em janeiro, reconheceu que os opositores erraram no cálculo sobre o apoio de que gozavam nas fileiras venezuelanas.
O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, reconheceu que a oposição cometeu erros na tentativa de liderar um levante para depor o presidente Nicolás Maduro, na terça-feira passada. Em entrevista ao jornal norte-americano The Washington Post, o líder opositor, que se autoproclamou presidente interino do país em janeiro, reconheceu que os opositores erraram no cálculo sobre o apoio de que gozavam nas fileiras venezuelanas.
Ao Post, Guaidó contou que esperava que Maduro deixasse o poder sob a pressão de muitos militares. As tropas do governo, em vez disso, saíram às ruas e reprimiram manifestantes.
Guaidó disse ainda que não apoiaria uma eventual intervenção militar unilateral dos Estados Unidos. Destacou que qualquer ação deveria incluir soldados venezuelanos. "Há muitos soldados venezuelanos que querem colocar um fim (ao poder chavista) e permitir que a ajuda humanitária entre. Nós ficaríamos felizes de receber cooperação para acabar com a usurpação. E, se isso incluir a cooperação de países como os EUA, acho que esta seria uma opção", ressaltou Guaidó.
Ainda não se sabe exatamente por que os militares que teriam fechado com a oposição não cumpriram o combinado. Guaidó não quis revelar detalhes das negociações e negou quaisquer rusgas dentro da oposição, a qual conseguiu unir desde janeiro, após anos de divisões e disputas. O presidente da Assembleia Nacional defendeu o líder opositor Leopoldo López, seu mentor, que escapou da prisão domiciliar onde vivia desde 2014. Alguns apontaram que o surgimento dele nas ruas afastou oficiais.
"Pelo fato de termos feito o que fizemos e não termos obtido sucesso da primeira vez, não significa que não seja válido. Estamos confrontando uma parede, que é uma ditadura absoluta. Reconhecemos os nossos erros. O que não fizemos, e o que fizemos de mais", destacou.
Segundo Guaidó, a oposição manterá a pressão internacional, a mobilização nas ruas e as negociações para arregimentar militares pró-Maduro. Ele argumenta que a saída de Maduro é condição para qualquer diálogo de resolução da crise. Apesar do levante, que o governo denunciou como tentativa de golpe, não houve pedido de prisão contra Guaidó. Maduro "está com medo", disse.
 
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